Aécio: o senador é suspeito de ter recebido propina de R$ 2 milhões da JBS (Evaristo Sa/AFP/AFP)
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de outubro de 2017 às 18h47.
São Paulo - A Ordem dos Advogados do Brasil cobrou do Senado uma resposta para as acusações que pesam contra Aécio Neves (PSDB/MG).
Em nota pública, subscrita pelo presidente do Conselho Federal, Claudio Lamachia, a entidade máxima da Advocacia afirma que "o fato de o Senado ter debatido e decidido sobre a validade das restrições que o Supremo Tribunal Federal impôs a Aécio Neves não impede a realização da outra discussão importantíssima sobre o caso, que é aquela sobre os fatos em que o senador se envolveu".
"A sociedade espera uma resposta do Senado a respeito das acusações imputadas ao senador Aécio."
Nesta terça-feira, 17, por 44 votos a 26, o Senado livrou Aécio de medidas cautelares impostas pelo Supremo - os ministros da Corte máxima haviam decretado o afastamento do tucano de suas funções parlamentares e o proibiram de sair de casa à noite por suspeita do recebimento de propina de R$ 2 milhões da JBS. O senador nega.
"Neste momento de crise, a classe política precisa agir com transparência e abrir mão do corporativismo", sugere a OAB. "Do contrário, a superação deste momento difícil fica ainda mais distante e o abismo entre o povo e seus representantes só aumenta."