Candidatos durante a prova da Fuvest: pró-reitor defendeu novas formas de ingressar na USP (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2014 às 21h38.
São Paulo - Novas formas de ingresso como opções ao vestibular da Fuvest, o aumento do impacto das pesquisas científicas e as formas de indução para novas patentes foram alguns dos desafios da Universidade de São Paulo (USP) debatidos nesta terça-feira, 4, no primeiro encontro do ciclo USP e a Sociedade, que faz parte dos 80 anos da instituição.
Haverá mais quatro encontros nas próximas semanas, sempre na Cidade Universitária, zona oeste da capital paulista.
O debate de ontem foi realizado pela cúpula administrativa da universidade: o reitor Marco Antonio Zago e os pró-reitores de Graduação, Pós-graduação, Pesquisa e de Cultura e Extensão.
A abertura foi feita pelo ex-reitor José Goldemberg, que preside a comissão organizadora das comemorações.
Goldemberg ressaltou que a comemoração dos 80 anos era uma oportunidade de celebrar a universidade e também de "enfrentar a dura realidade de que há coisas a melhorar".
A universidade enfrenta uma grave crise financeira provocada por gastos excedentes com salários. Atualmente, a folha de pagamento consome cerca de 105% do orçamento da universidade, fazendo com que a instituição recorra às reservas para pagar as contas.
A universidade também tem sido pressionada nos últimos anos por aumento da inclusão de alunos mais pobres - no último vestibular, 32% dos alunos eram de escola pública, enquanto esses alunos representam cerca de 80% do total.
O reitor diz que os debates serão absorvidos nas decisões futuras. "Terminado esse ciclo de debate, os pró-reitores vão fazer análise e ver o que pode ser aplicado. Estamos modificando as estratégias para os próximos anos."
O pró-reitor de Graduação, Antonio Carlos Hernandes, reforçou que é necessário alterar a forma de seleção na universidade.
"O vestibular precisa mudar. É fundamental que os estudantes de São Paulo e do Brasil tenham oportunidade." A USP chegou aos 80 anos responsável pela formação de 20% dos doutores no País. São titulados por ano 4 mil mestres e 2,5 mil doutores por ano.