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"O radicalismo não é caminho, é descaminho", diz Alckmin

Pré-candidato à Presidência fez declaração em Cascavel (PR), ao lado do ex-governador e pré-candidato ao Senado no Paraná, Beto Richa

O tucano minimizou o resultado da pesquisa Ibope que o coloca em quarto lugar, num cenário sem Lula (Adriano Machado/Reuters)

O tucano minimizou o resultado da pesquisa Ibope que o coloca em quarto lugar, num cenário sem Lula (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de junho de 2018 às 22h03.

Última atualização em 28 de junho de 2018 às 22h06.

Curitiba - O pré-candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta quinta-feira, 28, que é preciso unir as candidaturas "fora dos extremos" nas eleições 2018. Ele participou do lançamento do plano de agricultura de suas propostas de governo, em Cascavel, no oeste do Paraná. Depois, Alckmin seguiu para Maringá, no norte, onde também apresentou as diretrizes do seu plano agrícola.

"Há dez candidatos fora dos extremos, até porque o extremismo, o radicalismo, não é caminho, isso é descaminho. Temos dez e precisa unir um pouco. É necessário defender uma convergência democrática e reformista", declarou em evento direcionado a prefeitos da região, ao lado do ex-governador e pré-candidato ao Senado no Paraná, Beto Richa (PSDB) - que nesta semana se tornou réu na Justiça Federal por suposto uso ilegal de verbas da saúde.

O tucano minimizou o resultado da pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira, que o coloca em quarto lugar, num cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - condenado e preso pela Operação Lava Jato - com 6% das intenções de votos. "Não tem nenhuma mudança em relação às pesquisas anteriores. No nosso caso, caiu a rejeição, uma coisa boa, ninguém praticamente saiu do lugar e a campanha só começa depois do horário do rádio e da televisão. Hoje ninguém nem sabe ainda quem vai ser candidato", declarou. Ele tem o quarto maior índice de rejeição, com 22%, segundo a pesquisa.

Em relação à primeira posição mantida pelo ex-presidente Lula (PT) na pesquisa, ele destacou que já derrotou o petista no Paraná, em 2006, quando obteve 53% dos votos no Estado contra 38%. "Já enfrentei o Lula e aliás ganhei aqui no Paraná com uma larga margem, só que era o Lula todo-poderoso, de reeleição, presidente da República. Acho difícil que ele seja candidato. Quem for o candidato do PT é nosso concorrente, vamos trabalhar para vencer", disse.

Em relação a possível indicação de Aldo Rebelo (Solidariedade) na sua chapa como vice, Alckmin desconversou e afirmou que o nome "não vai ser decidido agora e não tem convite para ninguém". O ex-governador paulista elogiou ainda a pré-candidatura do apresentador Datena (DEM) ao Senado na chapa de João Doria (PSDB) em São Paulo. "Ele é um grande comunicador, tem credibilidade, e pode ter uma votação gigante", declarou.

O tucano disse ainda que as alianças só vão ser fechadas no final de julho, com as convenções partidárias, e que só o PSDB possui cinco legendas já aliadas na chapa de concorrência ao Planalto. "Ninguém tem hoje dois partidos, nenhum candidato à presidente, nós já temos 5 partidos importantes", afirmou.

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