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O que você precisa saber sobre o IDH do Brasil

País aparece na 85ª colocação entre 186 nações, no bloco de “países altamente desenvolvidos”, mas não muda sua colocação em relação ao ano passado


	Imagem clássica de desigualdade social: quando levada em consideração, o Brasil cai doze posições no ranking de desenvolvimento humano
 (Tuca Vieira/Wikimedia Commons)

Imagem clássica de desigualdade social: quando levada em consideração, o Brasil cai doze posições no ranking de desenvolvimento humano (Tuca Vieira/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2013 às 13h58.

São Paulo – Saúde, educação e renda. São esses os três critérios básicos que a Organização das Nações Unidas (ONU) usa para determinar o desenvolvimento humano de um país e montar o ranking global de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Em uma escala de zero a um (nota máxima), o Brasil fica com 0.730, o que o coloca em 85º lugar, empatado com a Jamaica, no bloco de “países altamente desenvolvidos”.

Confira quatro itens essenciais para entender a atual situação de desenvolvimento do Brasil no relatório divulgado hoje pela ONU.

Critérios
Para cada item (saúde, educação e renda) é usado um índice diferente na avaliação. Em saúde, a expectativa de vida. No Brasil, são 73,8 anos. Na vizinha Argentina, por exemplo, são 76,1 anos. A ONU avalia também a educação: por aqui, os jovens ficam em média 7,2 anos na escolas. Quem nasce hoje, no entanto, deve estudar mais: 14,2 anos. Em termos econômicos, é avaliado o PIB per capita das nações. No Brasil, esse valor é de 10,1 mil dólares.

O Brasil está “empacando”
O país não evoluiu no ranking (com ajustes e atualizações nos dados, a colocação brasileira em 2011 foi a mesma de hoje) e o índice em si teve melhoras pequenas: 0.002. A década de 1990 foi a de maior avanço para o Brasil, com um aumento médio anual de 1,26% no índice. Os últimos doze anos, porém, mostraram um aumento menor, de 0,73%.

Desigualdade piora situação do Brasil
Uma das maiores críticas ao IDH é que ele se baseia em médias. Países altamente desiguais, portanto, acabam tendo números “bons”, apesar de grande parte da população não ter acesso ao estilo de vida da classe alta. Em Omã, por exemplo, a renda per capita é de 24.092 dólares, o que não significa que todos os cidadãos do país recebam essa quantia.

Quando se ajusta o IDH às desigualdades de cada país, as coisas mudam de figura. O Brasil, que ficava em 85º lugar, cai doze posições no ranking, chegando à 97ª colocação. O índice brasileiro, que era 0.730, passa a ser 0.531, uma queda de 27,2%.

A mulher no Brasil
O mesmo relatório da ONU mostra as diferenças de gênero em cada país – e a colocação deles no ranking. Nesse índice complementar, que nã entra no cálculo do IDH, o Brasil também aparece na 85ª posição, com 0.447. Para chegar a esse número, foram feitos cálculos com base em critérios como mortalidade materna (56 em 100 mil por aqui), nascimentos por 1.000 jovens de 15 a 19 anos (foram 76), assentos parlamentares (9,6%), população com ensino médio (50,5% das mulheres e 48,5% dos homens) e participação no mercado de trabalho (59,6% das mulheres e 80,9% dos homens).

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