Festa de encerramento da Olimpíada (Patrick Smith/Getty Images)
Valéria Bretas
Publicado em 22 de agosto de 2016 às 17h30.
São Paulo – A cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro - marcada por uma festa com muita música e alegria dos atletas – foi um verdadeiro banquete aos olhos da mídia estrangeira.
Desde ontem, o maior evento esportivo do mundo segue entre as principais notícias dos jornais europeus, americanos e argentinos.
O americano The New York Times diz que, apesar das queixas em torno da Rio-2016, a cidade está “mudada, se não renascida”.
“Colocando as críticas de lado, os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio alteraram profundamente a cidade, produzindo um porto revitalizado, uma nova linha de metrô e uma onda de projetos municipais (grandes e pequenos) que estavam há muito tempo na lista de espera”, diz o texto.
O jornal ainda destaca que em meio a pior recessão do Brasil em décadas, a Olimpíada também serviu como “um poderoso catalisador para a revitalização urbana que estimulou projetos de infraestrutura, financiados com dinheiro dos contribuintes e investimento privado, que vão melhorar as vidas dos moradores do Rio”.
Já o argentino Clarín afirmou que o Rio terminou o megaevento com “uma festa espetacular em sua primeira Olimpíada na América do Sul”.
“Não havia ninguém parado ou saindo do Maracanã sem cantarolar o ritmo universal de alegria. A música foi o grande protagonista dessa festa inesquecível”, diz o jornal.
Na Inglaterra, o britânico The Guardian diz que apesar das preocupações iniciais com o vírus da Zika, assentos vazios e doping, “o Rio de Janeiro entregou momentos de graça e pureza, onde a realização atlética se sobrepôs ao resto”.
O outro americano, Washington Post, elencou algumas críticas. “Nós [do jornal] passamos por alguns dos problemas que o Brasil enfrenta enquanto estávamos no Rio – agora que o show saiu da cidade, a maioria deles está muito longe de acabar. Apesar disso, o país pode olhar para trás com imenso orgulho de sua performance”, diz a publicação.
O francês Le Monde diz que com o fim dos Jogos, o Brasil vira uma página de sua história da qual “demonstrou capacidade de organizar o maior evento esportivo do mundo, apesar dos riscos plíticos, de segurança e de saúde que pairam sobre o país”.
“Com exceção da mentira contada pelo nadador norte-americano, Ryan Lochte, nenhum drama manchou os Jogos nessa última quinzena”, diz o texto.