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O que diz a imprensa internacional sobre a lista de Fachin

Governar em uma “nuvem de investigações” não é um fato novo para Michel Temer, diz o The New York Times

O ministro do STF, Edson Fachin (Lula Marques/Agência PT/Fotos Públicas/Divulgação)

O ministro do STF, Edson Fachin (Lula Marques/Agência PT/Fotos Públicas/Divulgação)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 12 de abril de 2017 às 14h12.

Última atualização em 12 de abril de 2017 às 17h36.

São Paulo – A divulgação da lista com a decisão dos despachos do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), sobre os 83 pedidos de inquérito com base na delação da Odebrecht foi destaque nos veículos estrangeiros.

O norte-americano The New York Times destacou que o caso de corrupção envolveu dezenas de políticos poderosos do país, o que, segundo o jornal, causou um novo golpe ao redor do governo de Michel Temer.

“Mesmo que as investigações se prolonguem por meses ou mesmo anos, elas aumentam a pressão sobre um líder [Temer] que já enfrenta um caso em que ele é acusado ter recebido milhões de dólares em doações ilegais em 2014”, diz a publicação.

Para o The New York Times, no entanto, governar sob uma “nuvem de investigações” não é um fato novo para Temer.

A reportagem do periódico espanhol El País diz que a divulgação dos despachos agravou a crise política do Brasil e colocou o governo em uma situação muito delicada. O texto também lembrou que, em apenas nove meses no cargo, o peemedebista já perdeu sete ministros, “na maioria dos casos relacionados a casos de corrupção”.

O Clarín, da Argentina, disse que o governo viu a “calma aparente” dos últimos dias ser interrompida. Afinal, o caso atingiu “três ministros de primeira linha” de Temer: o chefe de gabinete, Eliseu Padilha; o Secretário-Geral da Presidência, Wellington Moreira Franco; e o ministro Aloysio Nunes.

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