Brasil

O que acontece agora? Veja reação de governo e polícia após bolsonaristas invadirem Congresso

Flávio Dino afirma que as forças policiais terão reforços; Anderson Torres diz ter determinado ao setor providências imediatas para o restabelecimento da ordem

Flávio Dino: ministro da Justiça e Segurança Pública (MAURO PIMENTEL/Getty Images)

Flávio Dino: ministro da Justiça e Segurança Pública (MAURO PIMENTEL/Getty Images)

Depois que um grupo com centenas de manifestantes bolsonaristas que marchava pela Esplanada dos Ministérios enfrentou os bloqueios policiais e invadiu o prédio do Congresso Nacional neste domingo, 8, membros do governo e polícia se manifestaram publicamente sobre a ação.

LEIA TAMBÉM: Bolsonaristas invadem e depredam Congresso, Planalto e STF em Brasília; veja imagens

Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, que mais cedo deu uma declaração afirmando que não só aqueles que participarem de protestos ilegais serão punidos, mas também seus financiadores, também fez uma postagem no Twitter sobre a invasão da Esplanada.

No tuíte afirmou: ''Essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer. O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça''.

No sábado, 7, Dino autorizou o uso da Força Nacional para conter os atos e a Esplanada dos Ministérios foi fechada para veículos. Os manifestantes, porém, caminharam a pé do quartel general do Exército e foram até o Congresso Nacional, com faixas pedindo “Lula na cadeia”, “intervenção militar” e “Bolsonaro presidente”.

Já o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, disse no Twitter que determinou que as forças de segurança tomassem providência: ''Cenas lamentáveis agora na Esplanada dos Ministérios. Determinei ao setor de operações da SSPDF, providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília''.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), repudiou as manifestações antidemocráticas que ocorrem na Esplanada dos Ministérios. De acordo com ele, os atos devem "sofrer o rigor da lei com urgência".

Em publicação no Twitter, Pacheco disse ter falado com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), "com quem venho mantendo contato permanente". "O governador me informou que está concentrando os esforços de todo o aparato policial no sentido de controlar a situação", declarou. "Na ação, estão empenhadas as forças de segurança do Distrito Federal, além da Polícia Legislativa do Congresso."

Para Arthur Lira, presidente da Câmara, cobrou a identificação dos manifestantes e a devida punição pelos atos.

O líder do PT no Senado Jean Paul Prates questionou o suporte financeiro dado ao ato bolsonarista: ''Quem financia os atentados à democracia? Quem paga os terroristas que destroem o patrimônio público? Quem deseja o caos e um Brasil de joelhos diante desses atentados?', escreveu o senador no Twitter.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), aliado do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, condenou as cenas de vandalismo praticadas neste domingo. "Em um ambiente democrático, as cenas que vemos em Brasília são inadmissíveis. Manifestações pacíficas fazem parte da democracia, vandalismo não!", disse Castro.

No Supremo Tribunal Federal (STF), manifestações da presidente Rosa Weber e do ministro Alexandre de Moraes. Em nota, Weber disse que a Corte "não se deixará intimidar por atos criminosos e de delinquentes infensos ao Estado Democrático de Direito" e que o STF atuará "para que os terroristas que participaram desses atos sejam devidamente julgados e exemplarmente punidos".

Moraes se manifestou em rede social, dizendo que os "ataques terroristas" de hoje serão responsabilizados.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) defendeu a responsabilização dos organizadores e participantes dos atos "com os rigores da lei".

Acompanhe tudo sobre:CongressoFlávio DinoPolícia FederalPolícia Militar

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022