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Curtas – o que houve de mais importante ontem

ÀS SETE - O governo da Venezuela não se intimidou com as ameaças americanas de aplicar sanções econômicas ao país

Venezuela: apesar dos protestos e possíveis sanções dos EUA, mantém Constituinte (Andres Martinez Casares/Reuters)

Venezuela: apesar dos protestos e possíveis sanções dos EUA, mantém Constituinte (Andres Martinez Casares/Reuters)

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EXAME Hoje

Publicado em 19 de julho de 2017 às 06h56.

Última atualização em 19 de julho de 2017 às 08h06.

O preço do Carrefour

Após anos ensaiando uma abertura de capital no Brasil, o varejista Carrefour finalmente definiu o preço final de suas ações nesta terça-feira. Os papéis foram precificados em 15 reais, segundo a agência Reuters, no piso da faixa indicativa da empresa, que estava entre 15 e 19 reais por ação. Contando os lotes suplementares de ação, a estreia do Carrefour na bolsa brasileira, marcada para a quinta-feira 20, deve movimentar 6 bilhões de reais e avaliá-la em cerca de 30 bilhões. O principal concorrente, o Grupo Pão de Açúcar, vale hoje 17,7 bilhões de reais.

Às Sete – um guia rápido para começar seu dia

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A Cedae entra no jogo político

A jornalista Cristiana Lôbo, da Globonews, afirmou que o presidente Michel Temer determinou que o BNDES compre a Cedae, a combalida companhia de água do estado do Rio, por 3 bilhões de reais, e prepará-la para privatização. Assim o estado cria condições de assinar um acordo de reestruturação fiscal com o governo federal e para de pagar as dívidas por três anos. Mais de 200.000 servidores do estado estão com os salários de maio e junho atrasados. É um gesto de afago ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que se movimenta para assumir a presidência caso Temer deixe o cargo. Temer e Maia jantaram ontem por duas horas para tratar, entre outros temas, da possível ida de deputados do PSB para o DEM, o que turbinaria os planos políticos de Maia. É, também, um exemplo concreto de que os tempos de caixa fechado do banco ficaram para trás com a chegada de Paulo Rabello de Castro à presidência.

Desembolsos caem

O BNDES divulgou dados relativos aos desembolsos no primeiro semestre do ano. A indústria fechou o período com aporte de 6,92 bilhões de reais, uma queda de 42% em comparação com igual intervalo do ano passado. A agropecuária foi o único setor que apresentou alta, de 3%, alcançando 6,87 bilhões de reais no período. O setor de infraestrutura ficou com 12,11 bilhões no primeiro semestre, um recuo de 6%. Já o setor de comércio e serviços ficou com 7,57 bilhões de reais, uma queda de 13%. As aprovações para aporte tiveram queda de 26% no primeiro semestre, totalizando 32,17 bilhões.

Lula e Cunha

Ao rechaçar com veemência recurso da defesa de Lula contra a sentença em que o condenou a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o juiz federal Sergio Moro comparou o petista ao ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, preso na Operação Lava-Jato desde outubro de 2016. Além de rebater a defesa de Lula, Moro afirmou: “Assim não fosse, caberia, ilustrativamente, ter absolvido Eduardo Cosentino da Cunha na ação penal 5051606-23.2016.4.04.7000, pois ele também afirmava como álibi que não era o titular das contas no exterior que haviam recebido depósitos de vantagem indevida, mas somente ‘usufrutuário em vida’ […] Em casos de lavagem, o que importa é a realidade dos fatos segundo as provas e não a mera aparência.”

Lula critica Moro

“Mentira deslavada”, “farsa”, “grande fábula”, “cheia de inverdades”, “perseguição”. Foi assim que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou, em uma entrevista nesta terça-feira, a sentença do juiz federal Sergio Moro que o condenou a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. À Rádio Capital, o petista também fez críticas aos integrantes da Operação Lava-Jato no Ministério Público Federal e na Polícia Federal e afirmou que Moro se comporta tal qual um czar — título dos autocratas que controlaram a Rússia entre os séculos 14 e 19. “Se tem um cidadão brasileiro indignado, sou eu”, disse o ex-presidente.

Acordo nuclear com Irã permanece

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu aplicar novas sanções contra o Irã nesta terça-feira, mas manteve o acordo nuclear com o país, indo contra suas promessas de campanha. O acordo com o país está firmado desde 2015 e inclui outras potências, como Rússia, China e França. As novas sanções têm como alvo entidades ligadas ao Exército e ao programa de mísseis iraniano. O governo afirmou que continua a considerar o país uma ameaça e criticou o apoio ao regime de Bashar al-Assad na Síria e as violações de direitos humanos.

O certo pelo nada

Depois de fracassar em conseguir apoio republicano para a nova versão de seu projeto de saúde, o presidente americano, Donald Trump, propôs que o partido “simplesmente revogue” o Obamacare, plano de saúde instituído por Barack Obama. “Nós fomos decepcionados por todos os democratas e alguns republicanos”, escreveu Trump no Twitter. Dois senadores republicanos anunciaram na segunda-feira que não apoiarão a proposta de lei, o que frustrou os planos do presidente — outros três senadores do partido já avisaram que não topam derrubar o projeto sem nada em vista. O projeto inicial de Trump tirava a cobertura de saúde de 20 milhões de americanos.

Venezuela mantém Constituinte

O governo da Venezuela não se intimidou com as ameaças americanas de aplicar sanções econômicas ao país caso a ideia de compor uma Assembleia Constituinte seja mantida. O chanceler Samuel Moncada afirmou, em coletiva, que as eleições estão mantidas para o próximo dia 30 de julho, quando o governo pretende eleger uma equipe para escrever uma nova Constituição. “O povo venezuelano é livre e responderá unido ante a insolente ameaça feita por um império xenófobo e racista”, afirmou o representante do governo. As relações entre os dois países estão capengas desde 2008, quando Hugo Chávez, então presidente, expulsou o embaixador americano do país.

Presa pela minissaia

Uma mulher foi presa na Arábia Saudita após a publicação de um vídeo nas redes sociais em que caminha por um sítio histórico local trajando minissaia e top. A imprensa saudita informou nesta terça-feira que a jovem foi detida por usar “roupas imodestas” que contrariam o conservador código de vestimenta islâmico do país. Na Arábia Saudita, país ultraconservador, as mulheres devem se vestir em público com uma abaia preta, traje tradicional que as cobre dos pés à cabeça.

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