Avenida Paulista em 13 de março: 1,4 milhão protestaram contra o governo, segundo a PM (REUTERS/Paulo Whitaker)
Valéria Bretas
Publicado em 14 de março de 2016 às 09h55.
São Paulo - O ato deste domingo contra a presidente Dilma Rousseff em São Paulo, que reuniu mais manifestantes na Avenida Paulista (SP) do que nas Diretas Já, em 1984, registra um perfil de participantes mais elitizado, diz o Instituto Datafolha.
Em um levantamento feito com 2,2 mil pessoas que tomaram o principal logradouro da cidade entre às 14h e às 18h30 de ontem, o Instituto conclui que os manifestantes tinham renda e escolaridade muito superior à média da população brasileira.
De acordo com o Datafolha, a maioria eram homens, com idade superior a 36 anos e ensino superior completo. O perfil é praticamente o mesmo do que foi registrado nas outras quatro manifestações em prol do impeachment, diz o Instituto.
Segundo analistas ouvidos por EXAME.com, a desaprovação do governo pelas ruas pode acelerar o processo de impedimento, que deve ser retomado na próxima quinta-feira na Câmara dos Deputados.
Já a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, informa que o Planalto reconhece que o protesto pró-impeachment foi expressivo, mas aposta que o ato marcado para o dia 18 deste mês, em que o ex-presidente Lula estará presente, mostre a resistência do governo.
Veja o levantamento do Instituto Datafolha sobre o perfil do manifestante na Avenida Paulista.