Brasil

O nó que emperra as exportações

O aumento do comércio exterior exige uma rápida modernização do sistema portuário

Técnico trabalha no terminal de Vila Velha, em Vitória (ES): exportações em alta (--- [])

Técnico trabalha no terminal de Vila Velha, em Vitória (ES): exportações em alta (--- [])

DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h29.

De tão defasada, a infra-estrutura portuária brasileira cria situações absurdas. O porto de Vitória, por exemplo, perdeu cargas para os portos de Santos e do Rio de Janeiro por um motivo torpe: falta de espaço para colocar os contêineres. Longe de ser um caso isolado, esse problema atinge todo o sistema portuário nacional. As exportações e as importações cresceram, mas as obras que sustentariam essa expansão são lentas. À primeira vista, quem perde são os exportadores, que não conseguem cumprir os prazos de entrega das mercadorias. Mas o maior prejudicado, na verdade, é o país, que terá dificuldades imensas para crescer se essas condições forem mantidas.

Parte das dificuldades foi atacada pela Agenda Portos, um programa de modernização que previa investimentos de 220 milhões de reais. A idéia era utilizar esses recursos nos 11 maiores portos brasileiros, responsáveis por 90% das exportações. Mas, até a metade de 2006, apenas 40 milhões de reais tinham sido aplicados nessas obras. Além da burocracia para liberar o dinheiro, o governo teve de enfrentar diversas ações na Justiça por causa do licenciamento ambiental. Sem as licenças, a conclusão das obras de dragagem, consideradas os grandes gargalos do setor, ficam paralisadas. O problema é que a Agenda Portos, ainda que fosse integralmente finalizada, seria apenas o começo. Especialistas calculam que é necessário 1,6 bilhão de reais para consertar o sistema portuário brasileiro.

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