Lula: repercutiu bastante o trecho em que Lula assume pela primeira vez que está “pronto para ser preso” (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2018 às 06h52.
Última atualização em 16 de março de 2018 às 07h26.
Será lançado nesta sexta-feira o livro “A Verdade Vencerá: O Povo Sabe Por Que Me Condenam”, sobre o processo criminal a que responde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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Além de análise de conjuntura, com textos de Eric Nepomuceno, Luis Fernando Verissimo, Luis Felipe Miguel e Rafael Valim, deu aos jornalistas Juca Kfouri e Maria Inês Nassif, a Gilberto Maringoni, professor de relações interhá 124 páginas reproduzindo as três sessões de longas entrevistas que Lula concenacionais da Universidade Federal do ABC, e à editora Ivana Jinkings, diretora da editora Boitempo, que publica o livro.
Repercutiu bastante o trecho em que Lula assume pela primeira vez que está “pronto para ser preso” por sua condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. Sentenciado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região a 12 anos e um mês de prisão, Lula pode iniciar o cumprimento de pena em breve.
“Eu não vou sair do Brasil, eu não vou me esconder em embaixada, eu não vou fugir”, diz ele no livro. “Vou fazer a sociedade brasileira discutir os meus processos (…) Eu conheço companheiros que ficaram quinze anos exilados e não tiveram voz aqui dentro, no Brasil.”
O lançamento será às 18 horas, no Sindicato dos Químicos de São Paulo, no centro da capital. O livro é mais uma jogada de defesa do ex-presidente — e de pressão no judiciário.
O palanque acontece em um contexto em que a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, sofre ofensiva dos advogados de Lula, de parlamentares petistas e até de advogados criminalistas que nada têm a ver com o caso para que seja pautada no plenário da Corte a revisão das prisões de condenados em segunda instância.
Nesta semana, houve uma romaria ao gabinete da ministra. Cármen Lúcia recebeu o advogado do petista e ex-presidente do Supremo, Sepúlveda Pertence, para discutir um pedido de habeas corpus que pouparia o cliente da prisão no caso do tríplex do Guarujá, e, em seguida, representantes do PT, do PCdoB, do PSOL e do Solidariedade para falar do cumprimento de pena antes do fim de todos os recursos. Cármen Lúcia diz que não se curvará à pressão, mas os ataques estão longe de cessar.