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O Dia D para o andamento do impeachment de Crivella

O estopim do processo foi uma reportagem do jornal O Globo que mostra gravação do prefeito oferecendo vantagens a eleitores evangélicos

Crivella: o prefeito não se deu ao trabalho de dizer que errou. Disse por meio de sua assessoria de imprensa que a abertura do processo de impeachment é “do jogo político da oposição (André Horta/Folha de S.Paulo)

Crivella: o prefeito não se deu ao trabalho de dizer que errou. Disse por meio de sua assessoria de imprensa que a abertura do processo de impeachment é “do jogo político da oposição (André Horta/Folha de S.Paulo)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2018 às 06h23.

Última atualização em 12 de julho de 2018 às 07h24.

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), enfrenta o dia mais sombrio de seu mandato nesta quinta-feira. Será realizada na Câmara dos Vereadores do Rio uma sessão extraordinária para dissertar sobre seu pedido de impeachment. O estopim foi uma reportagem do jornal O Globo que mostra gravação do prefeito oferecendo vantagens a eleitores evangélicos em reunião no último dia 4 a portas fechadas no Palácio da Cidade, sede do governo.

Na denúncia, Crivella dá orientações sobre a isenção de IPTU para igrejas e sugere que evangélicos teriam preferência no atendimento de serviços públicos, como cirurgias de catarata. A atitude é considerada crime de responsabilidade e fundamento para o impedimento. O favorecimento do prefeito, bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, não surpreende ninguém, mas agora há provas de que existe.

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Ontem, o Ministério Público do Rio de Janeiro moveu também uma ação civil pública contra o prefeito, por improbidade administrativa. Cita, segundo O Globo, o uso de escolas da rede municipal para promover a Igreja Universal.

Crivella não se deu ao trabalho de dizer que errou. Disse, mais uma vez por meio de sua assessoria de imprensa, em vez de pessoalmente, que a abertura do processo de impeachment é “do jogo político da oposição”.

O recesso da Câmara foi suspenso, pois a oposição conseguiu as 17 assinaturas necessárias para que o pedido fosse discutido. A admissibilidade depende de 34 dos 51 votos de vereadores do Rio. A oposição, portanto, correr com os apoios, para que o protocolo não seja engavetado. Se for aprovada a abertura do processo, todo o rito do impeachment deve ser definido em até 90 dias após o recebimento da denúncia pelos parlamentares. O cronômetro está correndo.

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