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Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h30.
Entre os serviços de telecomunicações, a internet em banda larga é a que tem apresentado maior taxa de crescimento no país nos últimos anos. Ainda assim, a cobertura continua limitada, e a competição entre as empresas, tímida. Ao final do primeiro semestre de 2007, havia 6,8 milhões de brasileiros com acesso à internet em banda larga, um crescimento superior a 60% em seis meses. No entanto, a maior parte desses usuários utilizava velocidade bastante inferior à média em outros países. No Brasil, recebem a classificação de banda larga os acessos com velocidade a partir de 128 Kbps (quilobits por segundo). Já no exterior, considera-se banda larga quando a velocidade é superior a 2 Mbps (megabits por segundo) - uma conexão 16 vezes mais rápida. A ampliação da cobertura de banda larga no país deve contar com o impulso decisivo da internet sem fio, tecnologia de uso muito recente no Brasil. Mas o avanço da internet sem fio depende da disponibilidade da tecnologia WiMax e da terceira geração (3G) de telefonia celular. No início de outubro deste ano, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou o edital de licitação das freqüências 3G, cujo leilão está previsto para dezembro. Além de ampliar a área de cobertura e melhorar a qualidade dos serviços, as novas tecnologias devem atrair mais competidores. Atualmente, as áreas cobertas contam com, no máximo, três empresas, o que limita os efeitos da concorrência. A expectativa é que novas empresas entrem nessa disputa. Afinal, antes mesmo da publicação do edital, as grandes operadoras manifestavam a intenção de participar do leilão. O aumento da competição promete também acelerar o ritmo de queda dos preços dos serviços de internet. Os preços da conexão de menor velocidade (até 256 Kbps) caíram 12,5% entre o segundo trimestre de 2006 e o mesmo período de 2007, enquanto os das conexões com velocidade superior a 1 Mbps apresentaram queda de 30%.