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Nunes nega candidatura ao governo de SP e diz que será ‘o maior cabo eleitoral’ de Tarcísio

Prefeito afirmou que ‘as coisas vão mudando’, mas que não tem a ‘pretensão’ de se lançar ao Palácio dos Bandeirantes em 2026

Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo (Leandro Fonseca/Exame)

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Agência o Globo
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Publicado em 15 de abril de 2025 às 21h25.

Última atualização em 15 de abril de 2025 às 21h27.

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), negou nesta terça-feira que tenha a “pretensão” de ser candidato ao governo do estado na eleição do ano que vem. Em entrevista ao portal “Uol”, Nunes reafirmou que o atual governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tentará a reeleição em 2026.

— Eu quero ser (governador)? Não. Não tenho essa pretensão — declarou o prefeito ao ser perguntado se toparia se lançar ao Palácio dos Bandeirantes caso Tarcísio seja candidato à Presidência, uma vez que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está inelegível.

Nunes disse que “saiu machucado” do pleito de 2024, quando venceu o segundo turno contra o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP). Ainda assim, disse que “as coisas vão mudando” e que “não somos estáticos”.

— Naquele momento eu falei: ‘nunca mais eu participo de eleição’. Hoje eu já estou pensando em 2032, entendeu? Pode ser que eu nem seja (candidato). Mas as coisas vão mudando. O Tarcísio vai ser candidato à reeleição, eu vou ser o maior cabo eleitoral dele, vou trabalhar muito. É de interesse da cidade de São Paulo continuar essa parceria — declarou.

O emedebista tem buscado protagonismo no tema de segurança e passou a ser aventado como potencial candidato ao governo — assim como o secretário de Governo, Gilberto Kassab (PSD); do secretário de Segurança, Guilherme Derrite (que está migrando do PL para o PP); e do presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, André do Prado (PL).

Pesquisa do Datafolha divulgada na semana passada mostra que Nunes tem hoje 12% das intenções de voto para o governo de São Paulo num cenário sem a presença de Tarcísio na disputa. Nessa simulação, o emedebista aparece atrás de Geraldo Alckmin (PSB), com 29%, e de Pablo Marçal (PRTB), com 20%.

A projeção de Nunes como possível candidato ao governo estadual se deve especialmente pelas suas ações na área da segurança, uma prioridade da população paulista. O prefeito da capital já sugeriu a expansão para outras cidades do seu programa “SmartSampa”, que utiliza câmeras para identificação de criminosos e foragidos da Justiça.

Na segunda-feira, durante evento na Câmara Municipal para lançamento da chamada “Frente Nacional Contra o Crime Organizado”, o secretário de Segurança Urbana, Orlando Morando, fez um aceno velado ao prefeito em seu discurso:

— Quando você melhora uma cidade como São Paulo, com 12 milhões de habitantes, você melhora o estado todo, que é o que o prefeito vem fazendo — disse Morando.

Caso decida disputar o governo estadual, Nunes precisaria deixar a prefeitura até abril de 2026. Nessa hipótese, a gestão municipal seria assumida pelo vice, coronel Mello Araújo (PL).

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