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Nunes Marques vota contra impedimento de Dino, Zanin e Moraes em processo contra Bolsonaro

Ministro do STF defendeu rejeitar solicitações de impedimento apresentadas por ex-presidente

Nunes Marques: ministro do STF foi contra pedido da defesa de Bolsonaro de impedimento da participação de Moraes e Zanin no processo  (STF/Flickr)

Nunes Marques: ministro do STF foi contra pedido da defesa de Bolsonaro de impedimento da participação de Moraes e Zanin no processo (STF/Flickr)

Agência o Globo
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Publicado em 20 de março de 2025 às 20h27.

Última atualização em 20 de março de 2025 às 20h28.

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O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou contra os pedidos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino não participem do julgamento da denúncia sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Nunes Marques também defendeu rejeitar solicitações do ex-ministro Walter Braga Netto contra Alexandre de Moraes e do general da reserva Mario Fernandes contra Dino.

Recurso de Bolsonaro, Braga Netto e Fernandes contra decisões que negaram o impedimento ou suspeição dos três ministros do STF estão sendo julgados pelo plenário da Corte, em sessão do plenário virtual. Na quarta-feira, já havia sido formada uma maioria para negar as solicitações.

Nesta quinta, Nunes Marques acompanhou o relator, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e apresentou um voto em separado — o primeiro até agora a fazer isso, já que é possível apenas seguir a posição do relator.

Em seu voto, o ministro afirma que tanto Dino quanto Zanin não teriam "qualquer interesse de natureza extrapenal" em relação a Bolsonaro e a um eventual resultado desfavorável a ele. A defesa do ex-presidente alegou que os dois magistrados não poderiam julgar o ex-presidente porque já apresentaram ações contra ele no passado.

"Não se verifica a possibilidade de o referido magistrado ser titular de qualquer interesse de natureza extrapenal em face do excipiente em consequência de eventual desfecho desfavorável do processo criminal", escreveu Nunes Marques.

Logo após o voto de Nunes Marques, o ministro Luiz Fux também votou acompanhando o posicionamento do relator. Por ora, o placar do julgamento está em nove votos a zero.

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