Movimento do comércio e passeio na Avenida Paulista com relaxamento das restrições durante a pandemia de coronavírus (Roberto Parizotti/Fotos Públicas)
Mariana Martucci
Publicado em 4 de novembro de 2020 às 20h16.
Última atualização em 4 de novembro de 2020 às 20h45.
O Brasil tem 161.170 óbitos e 5.575.289 casos confirmados de covid-19, segundo levantamento dos veículos de imprensa junto às Secretarias Estaduais de Saúde e divulgado nesta quarta-feira, 4.
O balanço, atualizado às 20 horas, mostra que no período de um dia foram registradas 622 vítimas e 23.815 testes reagentes para o coronavírus.
Os dados são compilados pelo consórcio de imprensa que reúne UOL, Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo, G1 e Extra.
A média móvel, que contabiliza o número de óbitos da última semana, é de 384.
O Brasil é o segundo país com maior número de mortes por coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro em casos, abaixo dos EUA e da Índia, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.
Apesar disso, nas últimas semanas a pandemia tem desacelerado no Brasil em relação ao pico atingido no final de julho, quando chegaram a ser computados mais de 50.000 casos novos e mais de 1.000 óbitos a cada dia.
A Fiocruz começa a produzir no Brasil, em janeiro de 2021, 210 milhões de doses da vacina contra a covid-19, disse a presidente da instituição, Nísia Trindade, em entrevista exclusiva ao Estadão. O imunizante será o desenvolvido pela Universidade de Oxford (Reino Unido) e a farmacêutica AstraZeneca, ainda em fase de testes. A produção, segundo Nísia, poderá atender a uma fatia considerável da população, mesmo que sejam necessárias duas aplicações, o que seria suficiente para imunizar metade do país.
A estimativa é que a vacinação comece em março. “Não vai haver uma aplicação em massa da vacina”, explicou Nísia. “Terá de haver algum critério de priorização, mas isso ainda não foi definido.”
A produção de 100 milhões de doses nos primeiros seis meses será feita com a importação do chamado ingrediente farmacêutico ativo, o principal insumo do imunizante. A partir do segundo semestre, porém, o Brasil já terá uma produção de forma autônoma, pelo acordo de transferência de tecnologia com o laboratório.
A imunidade ao novo coronavírus pode durar, pelo menos, seis meses, segundo um novo estudo feito por pesquisadores na Inglaterra. Os cientistas encontraram linfócitos T (também chamados de células T) com resposta imunológica robusta contra a covid-19 mesmo em pacientes que tiveram sintomas leves ou mesmo quadros assintomáticos da doença. Leia mais aqui.