Greve: há suspeita de que a paralisação dos funcionários teve iniciativa ou apoio das empresas (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de maio de 2018 às 20h49.
Brasília - O número de inquéritos instaurados pela Polícia Federal para investigar empresários que tenham supostamente praticado locaute, quando a paralisação dos funcionários tem iniciativa ou apoio das empresas, chegou a 54 na noite desta quarta-feira, 30.
De acordo com o ministro Raul Jungmann (Segurança Pública), também foram incluídas pela PF investigações contra atos de sabotagem em ferrovias e duas torres de transmissão.
Segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, a maioria dos suspeitos por prática de locaute já foi intimada e prestou depoimento à Justiça.
Não são apenas os suspeitos que estão sendo convocados para prestar depoimentos, mas também representantes de todas as grandes empresas de transportes terão que prestar esclarecimentos.
A advogada-geral da União, Grace Mendonça, afirmou que, desde o início da greve, o governo adotou todas as medidas possíveis e fez um "trabalho muito forte em cima daquelas empresas transportadoras, inclusive com base nessas informações de que empresas vinham incentivando a greve".
Ontem, a advogada-geral encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) dados de 96 empresas transportadoras que descumpriram decisão judicial e não desocuparam vias afetadas pela paralisação dos caminhoneiros. Somados, os valores cobrados em multas judiciais chegam a R$ 141,4 milhões. Ela afirmou que este foi o "primeiro lote" de empresas e que o número deve aumentar nos próximos dias.