Alimentação: contínuas taxas de crescimento econômico nos países em desenvolvimento e o consequente incremento nos níveis de renda têm melhorado o acesso à comida (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2013 às 12h17.
Rio de Janeiro - O Brasil reduziu em 40 por cento o número de pessoas passam fome no país entre 1992 e 2013, informou a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) em seu último relatório sobre a segurança alimentar no mundo divulgado nesta terça-feira.
Nesse período, o número de brasileiros que passam fome foi reduzido de 22,8 milhões para 13,6 milhões de pessoas.
Os dados também mostram que o número de subnutridos em proporção ao total da população brasileira caiu 54,3 por cento, de 15 por cento em 1992 para 6,9 por cento em 2013. A redução ficou acima da média da América Latina, onde a queda na proporção foi de 48,5 por cento.
De acordo com a FAO, contínuas taxas de crescimento econômico nos países em desenvolvimento e o consequente incremento nos níveis de renda têm melhorado o acesso à comida. Outras razões atribuídas foram uma aceleração no ritmo de crescimento da produtividade na agricultura e o crescente investimento público e privado no setor, o que garante uma maior oferta de alimentos.
Ainda assim, o relatório diz que o avanço para cumprir a Meta de Desenvolvimento do Milênio, de diminuir pela metade a prevalência de fome no mundo até 2015, tem sido irregular e é improvável que muitos países consigam cumprir o deafio adotado pelos líderes mundiais na ONU em 2000.
As estatísticas do relatório vêm confirmar aquilo já havia sido adiantado pela FAO em junho, quando a organização premiou o Brasil e outros 38 países por terem atingido a meta do milênio antes do prazo de 2015.
A FAO define desnutrição, ou fome, no relatório Estado da Insegurança Alimentar no Mundo de 2013, como "não ter comida suficiente para uma vida ativa e saudável" e uma incapacidade de "atender às necessidades energéticas da dieta".