Iolene: sua dispensa foi publicada por ela em seu Twitter (Instagram/Reprodução)
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2019 às 07h31.
Última atualização em 22 de março de 2019 às 09h59.
São Paulo — Oito dias depois de ser nomeada pelo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, para ser a “Número 2” do MEC, Iolene Lima anunciou sua dispensa na noite desta quinta-feira (21).
Sua saída expõe, mais uma vez, a crise interna que atinge a pasta. Depois de demissões envolvendo servidores indicados pelo escritor Olavo de Carvalho, Vélez também precisou afastar seu secretário executivo, Luiz Antonio Tozi. Fragilizado, o ministro tentou, ainda, nomear mais duas pessoas, o assessor Rubens Barreto e Iolene. Ambos foram barrados.
O anúncio da dispensa de Iolene foi feito por meio de seu Twitter. "Depois de cinco anos à frente da direção do colégio que ajudei a fundar, deixei meu emprego a fim de aceitar um convite para, junto com outros profissionais, servir ao meu país (...) No entanto, hoje após uma semana de espera, recebi a informação que não faço mais parte do grupo do MEC. Não sei o que dizer, mas confio que Deus me guiará (...)", disse.
https://twitter.com/iolenemlima/status/1108927817142558720
Procurado pela reportagem, o Ministério da Educação ainda não se pronunciou sobre a dispensa da professora da função.
Iolene Lima é pastora de uma igreja batista em São José dos Campos (SP), e foi diretora no Colégio Inspire, uma escola religiosa também no interior de São Paulo, cuja missão é “educar plenamente o ser humano, criado à imagem de Deus, para o exercício ético da cidadania e da sua plenitude”.
De acordo com o site da Associação de Escolas Cristãs de Educação por Princípios (AECEP), Lima é formada em pedagogia, com pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional e tem um MBA em Qualidade Educacional.
Até ser confirmada no cargo de executiva por Veléz, Iolene era secretária substituta na Secretaria de Educação Básica do MEC.
Em vídeo de 2013, durante entrevista ao canal de TV evangélico Feliz Cidade, Iolene diz que o “primeiro matemático e geógrafo foi Deus” e que “as crianças começam a ter contato com essas matérias no primeiro livro da Bíblia Sagrada, o Gênesis”. Sua fala repercutiu nas redes sociais após sua nomeação.