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Como ficaram (e o que fazem) os 6 ministérios inflados da gestão Bolsonaro

Paulo Guedes terá 28 secretarias e 22 conselhos no superministério da Economia; Damares Alves terá que cuidar de políticas para vários grupos, além da Funai

Bolsonaro: primeira medida tomada pelo presidente foi assinar as alterações nos ministérios (Adriano Machado/Reuters)

Bolsonaro: primeira medida tomada pelo presidente foi assinar as alterações nos ministérios (Adriano Machado/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 20 de janeiro de 2019 às 08h00.

Última atualização em 20 de janeiro de 2019 às 08h00.

São Paulo — A primeira Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, assim que tomou posse em 1º de janeiro, estabeleceu mudanças profundas na estrutura governamental e de ministérios da nova gestão.

Com 38 páginas, a MP 870 formalizou a extinção de pastas como a do Trabalho, que existia há 88 anos e foi desmembrada em três partes; a da Cultura, criada há 34 anos e agora transformada em uma secretaria; e a do Esporte, que durou 23 anos e agora também virou secretaria.

A nova organização do governo Bolsonaro eliminou sete ministérios em relação ao seu antecessor, Michel Temer: de 29 para 22.

As alterações foram a conclusão de uma promessa de campanha, com o objetivo de "enxugar a máquina pública". Inicialmente, o presidente havia prometido uma estrutura ainda mais enxuta com 15 pastas.

A nova organização, no entanto, mesmo assim deve sobrecarregar de responsabilidades alguns dos ministros mais centrais para o novo governo. É o caso de Paulo Guedes, chefe do novo ministério da Economia, que acumula 37 funções definidas pela MP de Bolsonaro (veja no quadro abaixo).

O "superministro" tem em sua estrutura os antigos ministérios da Fazenda, Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Trabalho além da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Na década de 90, o governo de Fernando Collor tentou fazer a mesma junção, mas a decisão não prosperou.

Além de Guedes, o ex-juiz federal Sérgio Moro, no Ministério da Justiça e Segurança Pública, também é encarregado de cuidar de 23 áreas do governo que vão de drogas ao crime organizado e registro sindical, entre outras.

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, é outra figura do novo governo com responsabilidades muito variadas, incluindo direitos de idosos, crianças, população negra e pessoas com deficiência, mas também as atividades da Funai.

Para compreender o que mudou no novo governo, EXAME preparou um infográfico com as fusões de seis ministérios. As outras pastas 16 não sofreram alterações na estrutura.

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