Brasil

Novos deputados são sorteados para relatar cassação de Chiquinho Brazão

Procedimento foi considerado após a desistência dos três deputados que haviam sido pré-selecionados pelo Conselho na semana passada

Deputado Federal Chiquinho Brazão (Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Deputado Federal Chiquinho Brazão (Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 17 de abril de 2024 às 12h30.

O Conselho de Ética da Câmara sorteou uma nova lista tríplice de possíveis relatores do processo de cassação contra o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), apontado pela Polícia Federal (PF) como um dos mandantes da execução da vereadora Marielle Franco, em 2018.

O procedimento foi necessário após a desistência dos três deputados que haviam sido pré-selecionados pelo Conselho na semana passada.

A nova lista tríplice contempla os nomes de Jack Rocha (PT-ES), Rosângela Reis (PL-MG) e Joseildo Ramos (PT-BA). A partir daqui, um deles será sorteado para a relatoria da representação contra Chiquinho Brazão, de autoria do PSOL.

Brazão teve a prisão preventiva avalizada pela Câmara na semana passada, mas não perdeu o mandato. A representação no Conselho de Ética pode levar à cassação do parlamentar.

Entenda o regimento

O Regimento Interno da Câmara determina que o processo de cassação não pode ser relatado por um deputado do mesmo estado, bloco parlamentar ou partido do alvo do pedido. O PSOL, como autor da representação, também não pode participar.

A partir destas exigências, é feito um sorteio de três nomes e, desta lista tríplice, é escolhido o relator do processo. Essa lista já havia sido elaborada na quarta passada, 10, mas Bruno Ganem (Podemos-SP), Ricardo Ayres (Republicanos-TO) e Gabriel Mota (Republicanos-RR) recusaram a possibilidade de serem relatores.

Processo de cassação

Após a designação, o relator tem 10 dias para produzir um parecer sobre o arquivamento ou a continuidade do processo disciplinar.

Optando pelo prosseguimento do caso, o representado é notificado e poderá se defender. Após a defesa e a coleta de provas, o relator apresenta um novo parecer, no qual pede ou a absolvição ou uma sanção disciplinar ao representado.

Essa sanção pode variar em gravidade, indo desde uma moção de censura à perda do mandato. A palavra final é do plenário, onde são necessários ao menos 257 votos para ratificar a cassação. A prisão preventiva de Brazão foi avalizada por 277 votos a 129.
Acompanhe tudo sobre:Marielle FrancoCâmara dos DeputadosPolícia Federal

Mais de Brasil

Explosões em Brasília são investigadas como ato terrorista, diz PF

Sessão de hoje do STF será mantida mesmo após tentativa de atentado

Moraes diz que tentativa de atentado em Brasília não é um fato isolado

Moraes autoriza buscas em endereços associados a homem morto em tentativa de atentado