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Novo secretário de Dória defende redução de velocidade

Torquato afirmou que o Brasil não pode mais produzir tantas pessoas com deficiência na idade mais produtiva delas, dos 15 aos 30 anos

Trânsito: "Se a gente quer mudar o cenário da deficiência em São Paulo, alguma ação deve ser feita", disse secretário (ALMEIDA ROCHA /Folha Imagem)

Trânsito: "Se a gente quer mudar o cenário da deficiência em São Paulo, alguma ação deve ser feita", disse secretário (ALMEIDA ROCHA /Folha Imagem)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de novembro de 2016 às 21h45.

Futuro comandante da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, o advogado Cid Torquato afirmou nesta sexta-feira, 25, em entrevista à TV Estadão ser "óbvio" que a redução de velocidade nas vias reduz a possibilidade de acidentes e, consequentemente, de pessoas com algum tipo de deficiência física.

Sem criticar a decisão do prefeito eleito João Doria de elevar a velocidade máxima nas Marginais, Torquato afirmou que o Brasil não pode mais produzir tantas pessoas com deficiência na idade mais produtiva delas, dos 15 aos 30 anos.

"Se a gente quer mudar o cenário da deficiência em São Paulo, alguma ação deve ser feita em relação aos motoboys, por exemplo. Temos de acabar com mortalidade e os altos índices de pessoas que ficam com sequelas para o restante da vida", disse.

Torquato afirma que os motoboys só deviam trafegar nas pistas locais, onde a velocidade ainda será mais baixa, e talvez em faixas exclusivas. "O prefeito está estudando tudo isso, ainda não bateu o martelo."

Entre suas prioridades, o futuro secretário cita três: melhorar a acessibilidade das calçadas, ampliar o acesso aos tratamentos de reabilitação e equipamentos de apoio, como cadeiras de rodas e muletas, e criar um programa de educação física inclusiva nas escolas municipais.

Tetraplégico desde 2007, após quebrar o pescoço em um mergulho na Croácia, Torquato entrou para a vida pública para mostrar sua capacidade.

Atual secretário adjunto da pasta estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, ele lamenta que a maioria dos deficientes ainda não tenha acesso ao mínimo necessário.

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