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Novo Sambódromo desafia as escolas do Rio

Projeto original da Marquês de Sapucaí altera a acústica e iluminação desnuda para o público - e também para os jurados - detalhes antes menos evidentes

Implicações são muitas, mas a maior delas diz respeito ao julgamento (Creative Commons)

Implicações são muitas, mas a maior delas diz respeito ao julgamento (Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2012 às 15h01.

Rio de Janeiro - As escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro terão um desafio a mais neste Carnaval. O Sambódromo passou por transformações radicais graças à reforma de ampliação, que resgatou o traçado original do arquiteto Oscar Niemeyer. As mudanças concentraram-se do lado direito da passarela, onde o antigo prédio de camarotes deu lugar a módulos de arquibancadas bastante semelhantes ao lado esquerdo.

As implicações são muitas, mas a maior delas diz respeito ao julgamento. Das quatro cabines de jurados, três estão situadas no lado novo. Esses jurados passarão a observar os desfiles a partir de um ângulo mais confortável, que facilitará a identificação de erros e acertos. Antes da reforma, eles ficavam colocados à pista e tinham uma visão praticamente vertical de alegorias e fantasias. 

Agora, assim como o público, os jurados desse lado estão mais recuados em relação à pista. Esse distanciamento proporciona um novo ponto de vista, expondo virtudes e eventuais falhas das agremiações. Os quesitos mais impactados são Alegorias e Adereços, Fantasias e Conjunto. As apresentações das comissões de frente, dos casais de metre-sala e porta-bandeira e até mesmo das alas coreografadas também são afetadas, já que o ângulo de observação passa a ser outro.

Outra mudança que facilitará a visão dos jurados é o novo projeto de iluminação da Marquês de Sapucaí, com a inclusão de novos holofotes acima dos novos módulos de arquibancada. Com a reforma, houve um aumento de 416 para 560 refletores ao longo da passarela, o que amplia a visibilidade em até 50% _ e expõe defeitos antes mais facilmente disfarçados. A acústica do Sambódromo também sofreu alterações. Sem o paredão de concreto do lado direito, o som se dissipa de maneira mais uniforme. Os mestres de bateria ainda tentam se adaptar ao novo cenário, que inclui a mudança no sistema de sonorização da pista.

Além dos holofotes, as novas arquibancadas receberam caixas de som, que passam de 180 para 300 em todo o Sambódromo. Durante os ensaios técnicos, em janeiro, o volume excessivamente alto atrapalhava a bateria e, sobretudo, a harmonia das agremiações. O problema pareceu ser solucionado no desfile do Grupo de Acesso, no sábado. 

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