Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 10 de abril de 2025 às 09h05.
Última atualização em 10 de abril de 2025 às 09h23.
Um dos principais programas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o novo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), lançado em agosto de 2023, teve apenas 16,6% das obras e projetos concluídos até dezembro de 2024, mas já executou metade do investimento previsto até 2026.
Os dados foram atualizados pela Casa Civil nesta quinta-feira, 10. No total, o programa tem 22.995 projetos listados, com 3.800 empreendimentos concluídos.
A maioria dos projetos, 48,6% ou 11.181, estão em fase de ação preparatória, ou seja, em contratação, estudo, projeto de engenharia e/ou licenciamento ambiental.
Dentre os que estão em fase preparatória, o governo afirma 47% estão na modalidade Novo PAC Seleções, cujas ações são de responsabilidade de estados e municípios.
Outros 5.178 (22,4%) projetos estão em fase de execução e 2.836 (12,3%) estão em fase de licitação ou leilão.
Os dados mostram que 2696 projetos finalizados foram executados pelos municípios, 411 pelo governo federal, 448 por parceiros privados e 358 por governos estaduais.
O governo afirma que o Novo PAC já executou R$ 711 bilhões em investimentos. Mais da metade do total de R$ 1,3 trilhão previsto até o final de 2026.
Do total executado até o momento, R$ 345,7 bilhões tiveram como origem recursos privados, R$ 183,1 bilhões são oriundos de financiamentos e R$ 106 bilhões de empresas estatais com projetos incluídos no Programa. Além disso, R$ 71,3 bilhões são provenientes do Orçamento Geral da União (OGU) e R$ 5,1 bilhões de fundos setoriais.
No desenho inicial projetado pelo governo, estava previsto R$ 45 bilhões do orçamento do programa para Educação e R$ 31 bilhões para saúde.
O maior volume de recursos está direcionado para os eixos de Cidades Sustentáveis, Transição Energética e Transporte Eficiente. Os três acumulam 89% dos investimentos, ou cerca de R$ 1,5 trilhão.
O programa prevê, além destes recursos, outros R$ 500 bilhões para investimentos após 2026, totalizando, assim, R$ 1,8 trilhão.
Diferentemente dos dois primeiros PACs, gestados durante gestões petistas anteriores, o novo programa prometeu que o maior volume de investimento viria do setor privado.
No total, a previsão é de R$ 612 bilhões de investimentos do setor privado, R$ 371 bilhões do orçamento federal, R$ 343 bilhões de Estatais e R$ 362 de financiamentos via bancos públicos, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Em relação a última atualização dos dados do Novo PAC, realizada em junho de 2024, o governo conseguiu avançar de 2.138 para 3.800 obras concluídas. Os dados anteriores foram compilados pela ICO Consultoria a pedido da EXAME.
O número de projeto de fase preparatória caiu de 13.482 para 11.181, enquanto os que estão em fase de execução cresceram. O número total de empreendimentos também avançou, de 20.993 para 22.995.