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Novo movimento pressiona por reforma da Previdência

"Apoie a reforma" quer pressionar os parlamentares e convencer a população sobre a necessidade da reforma da Previdência

Movimento "Apoie a Reforma" produz vídeos para sensibilizar os deputados (Youtube/Apoie a Reforma/Divulgação)

Movimento "Apoie a Reforma" produz vídeos para sensibilizar os deputados (Youtube/Apoie a Reforma/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de abril de 2017 às 11h25.

São Paulo - Com a reforma da Previdência chegando a um momento decisivo, os grupos que se contrapõem às mudanças, até agora hegemônicos, deverão enfrentar resistências daqui para a frente.

Na semana passada, foi lançado um novo movimento favorável à mudança, batizado de "Apoie a reforma", cujo objetivo é esclarecer a população sobre a questão e pressionar os parlamentares a aprovarem a medida.

"A voz das pessoas que são favoráveis à reforma não reverbera no Congresso", diz Luiz Felipe d'Avila, articulador do movimento e presidente do Centro de Liderança Pública, organização voltada para a formação de líderes governamentais. "Hoje, o foco da comunicação tem de ser em cima dos parlamentares."

O site do movimento - apoieareforma.com - traz vídeos para traduzir o economês que costuma acompanhar os discussões sobre a reforma da Previdência, além de um texto pró-reforma a ser assinado pelos usuários e enviado para cada deputado e senador. O canal do Apoie a Reforma no YouTube tem sete vídeos de curta duração.

Eles abordam pontos da proposta de reforma do governo, questionam as diferentes regras de aposentadoria para servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada e mostram que a Previdência tira recursos de áreas como Saúde e Educação.

"O que a gente está querendo fazer é sensibilizar os parlamentares", afirma D'Avila. "A Previdência é uma bomba-relógio que precisa ser desarmada ou não haverá dinheiro para pagar a aposentadoria."

O movimento não recebeu o apoio formal dos grupos que organizaram as manifestações pelo impeachment e em defesa da Lava Jato, mas conta com a participação de alguns de seus integrantes.

Eles deverão ajudar a impulsionar a divulgação do abaixo-assinado e dos vídeos nas redes sociais. "A gente está tentando fazer a contrapartida aos materiais de quem é contra, como o vídeo com o ator Wagner Moura, no qual ele critica duramente a reforma", diz o ativista Maurício Chaves, que trabalha como administrador de empresas.

Segundo ele, os vídeos do movimento são bancados por financiamento coletivo pela internet. "Recolhemos alguns números e transformamos esses dados em uma forma de comunicação mais simples e mais fácil de ser compreendida."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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