Brasil

Capacidade, projeto,gastos e SAF: O que se sabe sobre o novo estádio do Flamengo até o momento

Ainda não há previsão para início das obras; arena será vertical para intimidar adversários e terá capacidade para 80 mil torcedores

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 24 de junho de 2024 às 11h12.

Após anos de negociação com à Caixa Econômica Federal, o Clube de Regatas do Flamengo comemora a informação divulgada pelo prefeito Eduardo Paes em suas redes sociais de que nesta segunda-feira, 24, será publicado no Diário Oficial o decreto de desapropriação do terreno do Gasômetro, confome havia antecipado o colunista Lauro Jardim.

O deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ), que estava ao lado do prefeito no vídeo defende desde 2016 que o Flamengo precisa ter o seu próprio estádio por conta do porte e do tamanho do clube. O político flamenguista adianta que será um projeto longo, que não é possível ainda estipular um prazo para início das obras, mas que o decreto foi um grande passo conquistado.

"O estádio vai ser um elemento para alavancar a região central da cidade. Isso está no coração do prefeito, mesmo ele sendo vascaíno. O Paes sempre fez projetos de recuperação do Centro, então o estádio está alinhado com essa proposta dele. Vai ser muito mais do que apenas mais uma construção naquela região, como a Caixa estava achando", acredita.

No estudo realizado pela prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico, é afirmado que o projeto do estádio será para 80 mil torcedores e que o potencial impacto econômico do Flamengo será de aproximadamente R$ 3 bilhões, um impacto médio de R$ 10,9 milhões por jogo.

Para validar a importância do estádio, o material da prefeitura usa como exemplo estádios de outros países como Wembley, na Inglaterra; NLF, nos Estados Unidos; e Ner York City F.C, também nos Estados Unidos.

O estudo também diz que o Flamengo planeja revitalizar a área do Gasômetro e que o estádio vai receber 35 jogos de futebol por ano, além de ser uma plataforma de serviços e entretenimento que vai movimentar a região atraindo turistas, gerando novos empregos e que será uma nova opção de serviços e lazer para os moradores do entorno. Diz ainda que o projeto está alinhado com a tendência mundial de "Distritos de Entretenimento”, onde o estádio atua como peça central na valorização urbana e social do entorno.

Capacidade

Em maio, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, adiantou que a arena seria no modelo vertical e teria capacidade para 80 mil pessoas. O estudo da prefeitura confirma essa capacidade.

Projeto

O novo estádio rubro-negro será inspirado nos palcos do futebol europeu, como o Santiago Bernabéu, do Real Madrid, o Signal Iduna Park, do Borussia Dortmund, e a Allianz Arena, do Bayern de Munique. A proposta da verticalidade da arquibancada é para intimidar os adversários. O novo estádio vai ocupar uma área de 87 mil metros quadrados.

Investimento

A previsão do clube de regatas é que para a construção serão necessários investimentos em torno de R$ 2 bilhões.

SAF

O presidente Rodolfo Landim já havia mostrado ser favorável à SAF, porém com moldes diferentes dos existentes no Brasil atualmente. Landim disse que uma possível venda de 25% de uma SAF rubro-negra com controle da associação permitiria que o clube erguesse próprio a arena em perder a competitividade no futebol e aumentar a dívida com empréstimos. Landim já havia dito também que existiam possíveis investidores de fora do Brasil interessados.

O modelo alemão do Bayern de Munique, na Allianz Arena, foi apontado como o ideal por Landim. O Bayem abriu uma empresa homônima à associação civil e vendeu participações minoritárias para três companhias alemãs, com as quais mantém parcerias de longo prazo: Adidas, Allianz e Audi, que têm 8,3% cada da SAF, enquanto a associação preserva 75% e o controle.

 

Acompanhe tudo sobre:FutebolFlamengoRio de JaneiroEduardo Paes

Mais de Brasil

Justiça nega pedido da prefeitura de SP para multar 99 no caso de mototáxi

Carta aberta de servidores do IBGE acusa gestão Pochmann de viés autoritário, político e midiático

Ministra interina diz que Brasil vai analisar decisões de Trump: 'Ele pode falar o que quiser'

Bastidores: pauta ambiental, esvaziamento da COP30 e tarifaço de Trump preocupam Planalto