Aumento da passagem: a intenção do MTST é reforçar o protesto principal, marcado para o cruzamento das avenidas Faria Lima e Rebouças (Rovena Rosa / Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2016 às 11h02.
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) vão participar hoje (19) à tarde da nova manifestação do Movimento Passe Livre (MPL) contra o reajuste da tarifa de ônibus, metrô e trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
As passagens de transporte público na cidade subiram, no último dia 9, de R$ 3,50 para R$ 3,80.
A intenção do MTST é reforçar o protesto principal, marcado para o cruzamento das avenidas Faria Lima e Rebouças, na zona oeste, ampliando os atos para mais dois endereços: as estações do Metrô de Itaquera, na zona leste, e do Capão Redondo, na zona sul.
Ontem (18) à noite, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) divulgou nota lamentando o fato de não ter sido comunicada previamente pelo MPL sobre o trajeto da manifestação, marcada para as 17h de hoje.
Segundo a secretaria, houve um comportamento diferente do MTST que enviou aviso das manifestações.
O mesmo ocorreu em relação à Força Sindical, que faz nesta manhã um ato na Avenida Paulista para pressionar o Comitê de Política Monetária (Copom) a não promover nova elevação da taxa básica de juros, a Selic.
“Em respeito aos 12 milhões de habitantes que moram, trabalham e estudam na capital, a comunicação prévia deve ocorrer em tempo razoável para que seja feito planejamento viário e de segurança, de maneira a garantir a todos a plena liberdade de manifestação e o direito de locomoção. A comunicação prévia é exigência constitucional e fundamental para que as linhas de ônibus e o trânsito sejam reorganizados a fim de se adequar à manifestação, bem como para que seja feita limpeza prévia, retirando detritos”, diz a SSP.
Segundo Luize Tavares, porta-voz do MPL, a informação sobre o trajeto a ser seguido no protesto de hoje (19) vai ser divulgada apenas no portal do movimento na Internet e não diretamente às autoridades.
Os atos anteriores do MPL foram marcados por cenas de violência, confronto com policiais militares e quebra-quebra.