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Nova divisão policial poderá investigar autos de resistência

Hoje, esses casos são investigados pelas delegacias dos bairros


	Policiais civis do Rio: um dos objetivos é tentar reduzir os índices de homicídios
 (Agência Brasil)

Policiais civis do Rio: um dos objetivos é tentar reduzir os índices de homicídios (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 10h39.

São Paulo - A Polícia Civil do Rio estuda investigar os homicídios provenientes de ação policial, conhecidos como autos de resistência, por meio da nova Divisão de Homicídios, unidade que vai integrar as delegacias de homicídios da Capital, Baixada Fluminense e Niterói, São Gonçalo e Itaboraí.

De acordo com o chefe da Polícia Civil do Rio, delegado Fernando Veloso, a mudança "deverá ser feita com cautela".

Hoje, esses casos são investigados pelas delegacias dos bairros.

"Precisamos preparar as unidades policiais porque esse tipo de ocorrência demanda uma série de ações que tomam muito tempo para serem esclarecidas", explicou Veloso durante o anúncio da criação da Divisão de Homicídios, nesta quinta-feira, 27.

"Essa reestruturação faz parte de um planejamento estratégico de ações para reduzir a quantidade de homicídios no Estado nos próximos dez anos."

O novo departamento vai coordenar e padronizar o trabalho realizado pelas delegacias de homicídios, e foi desenvolvido a partir de um estudo iniciado no ano passado.

O chefe da Divisão de Homicídios será o delegado titular Delegacia de Homicídios da Capital, Rivaldo Barbosa. Ele acumulará as funções.

De acordo com o delegado, para tentar reduzir os índices de homicídios a Polícia Civil vai se reunir com os prefeitos para estabelecer ações conjuntas com as Guardas Municipais.

A Divisão de Homicídios vai conferir "um cunho mais científico ao trabalho investigativo", segundo Veloso. Ela será organizada em seis setores. A área de Ações Especiais Preventivas (AEP) vai integrar as delegacias para atuar em locais com grade ocorrência de homicídios.

Já o Grupo Especial de Defesa Institucional vai investigar assassinatos contra servidores públicos ou representantes da sociedade civil como juízes, advogados e jornalistas.

Haverá ainda um setor dedicado à perícia, que vai padronizar procedimentos, o Setor de Atendimento à Vida (SAV), que vai englobar o Programa de Proteção à Testemunha, e um de Inteligência Estratégica para as operações. Por fim, o Setor de Capacitação vai atuar com treinamento de policiais civis.

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