Gilmar Mendes: o ministro é o presidente da Segunda Turma da Corte, colegiado responsável por apreciar as questões relativas à Lava Jato (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 2 de maio de 2017 às 15h34.
Última atualização em 2 de maio de 2017 às 15h47.
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a nova denúncia oferecida na manhã de hoje (2) pelo Ministério Público Federal (MPF) contra José Dirceu, no âmbito da Lava Jato, não influencia "em absolutamente nada" o julgamento, na tarde desta terça-feira, que pode libertar o ex-ministro da Casa Civil.
Em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira, o procurador da República Deltan Dallagnol disse que embora já estivesse "amadurecida" a nova denúncia contra Dirceu, "houve uma precipitação" de sua apresentação de modo a fornecer mais informações que possam ser consideradas, ou não, pelo STF no julgamento desta terça-feira sobre o habeas corpus do ex-ministro.
Questionado se isso poderia afetar a análise sobre a liberdade de Dirceu pela Segunda Turma do STF, Gilmar Mendes respondeu: "se isso fosse constranger, o Supremo deixaria de ser o Supremo".
"Isso seria como o rabo abanar o cachorro", acrescentou Mendes, que é o presidente da Segunda Turma da Corte, colegiado responsável por apreciar as questões relativas à Lava Jato.
O julgamento do habeas corpus do ex-ministro José Dirceu, que iniciou na semana passada, foi retomado pouco depois das 14h30 desta terça-feira e segue em discussão no Supremo.