Vestibulares: estudantes divergem em opinião quanto ao adiamento da prova do Enem (Marcos Santos/USP Imagens/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de novembro de 2016 às 08h23.
Última atualização em 4 de novembro de 2016 às 08h24.
Curitiba - A nova data do Enem para os 191 mil estudantes que tiveram a prova adiada, por causa da ocupação de escolas, vai coincidir com ao menos 13 vestibulares, em 9 Estados e no Distrito Federal, que já estavam marcados para os dias 3 e 4 de dezembro.
No Paraná, Estado com o maior número de escolas ocupadas, a segunda fase do vestibular da Universidade Estadual de Londrina (UEL), está marcada para os dias 4, 5 e 6 de dezembro. A expectativa é de que cerca de 8.500 estudantes façam a segunda etapa da prova.
Em Minas, segundo Estado em ocupações, o Instituto Federal do Sul já tinha a prova marcada para 4 de dezembro. A nova data também coincide com os vestibulares da Universidade Estadual de Roraima (UERR), Universidade Estadual do Pará (UEPA) Instituto Federal do Tocantins (IFTO), Instituto Federal do Amapá (IFAP), Universidade Estadual do Sul da Bahia (UESB), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS),Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul (Unijuí), PUC-RS e ESPM Sul. Também coincide com a data do Programa de Avaliação Seriada (PAS), que dá acesso à Universidade de Brasília (UnB).
O adiamento das provas do Enem é visto de forma diferente pelos concorrentes. Simone Fonseca, de 39 anos, que iria fazer a prova na Escola Estadual Loureiro Fernandes, em Curitiba, vê uma "consequência do momento político" do País e disse respeitar as ocupações.
"É até uma vantagem para quem está estudando. Ganhei mais um mês para me preparar. Além disso, com outros fazendo a prova antes, diminui minha ansiedade." Agora, ela espera que o MEC divulgue seu novo local de prova para que possa tentar uma vaga no curso de Física.
Já o estudante Diego Skroch, de 19 anos, também de Curitiba, considera que as ocupações prejudicaram aqueles que estão focados nos estudos. Ele tenta uma vaga em Engenharia Civil e disse que o adiamento vai afetar seu cronograma de estudos e suas férias. "Quem quer estudar está sendo impedido por este grupo (de invasores)", disse.
Barbara Alves Viana, de 18 anos, também teve a prova adiada porque a escola foi ocupada em Uberlândia (MG). Ela disse que até veria como vantagem em fazer a prova um mês depois, mas está chateada porque faria um concurso público no mesmo dia. "Agora estou na dúvida, preciso do emprego e estudei bastante para as duas provas. Acho que vou optar pelo Enem, mas fiquei triste de não poder fazer os dois", disse.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.