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Notebooks vendem mais que desktops, segundo Abinee

Devem ser vendidos 7,15 milhões de notebooks este ano, comparados a 6,85 milhões de desktops. Diferença de vendas reflete uma mudança do perfil do mercado brasileiro

Em 2009, haviam sido comercializados 5,15 milhões de PCs portáteis e 6,85 milhões de computadores de mesa. (Scott Olson/AFP/Getty Images)

Em 2009, haviam sido comercializados 5,15 milhões de PCs portáteis e 6,85 milhões de computadores de mesa. (Scott Olson/AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2010 às 09h08.

São Paulo - Este ano, pela primeira vez, a venda de computadores portáteis ultrapassou a de modelos de mesa no País. Isso tem trazido mudanças ao mercado. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), devem ser vendidos 715 milhões de notebooks este ano, comparados a 6,85 milhões de desktops.

“O mercado de desktops não vai acabar, mas não tem tendência alguma de crescimento”, disse Ivair Rodrigues, diretor de Estudos de Mercado da IT Data e responsável pelos dados da Abinee. Em 2009, haviam sido comercializados 5,15 milhões de PCs portáteis e 6,85 milhões de computadores de mesa.

Um efeito claro dessa mudança de perfil do mercado brasileiro foi o fortalecimento dos grandes fabricantes, principalmente das empresas internacionais. “Os fabricantes menores ficaram numa situação complicada”, afirmou Rodrigues.

Isso porque, no caso dos portáteis, as empresas normalmente importam kits, no lugar de trazer as peças em separado. Eles precisam ser comprados em quantidade maior, com pagamento à vista. “A empresa precisa de fluxo de caixa”, explicou o diretor da IT Data. No caso dos desktops, normalmente as peças são compradas no Brasil, sendo algumas delas, como placas, gabinetes e discos rígidos, de fabricantes locais.

A nova configuração acabou concentrando o mercado, com os pequenos fabricantes praticamente restritos aos desktops. Ela também colocou pressão na Positivo Informática, maior fabricante brasileira de computadores. No terceiro trimestre, a Positivo registrou queda de 74,1% em seu lucro líquido, que somou R$ 15,3 milhões. As vendas da companhia caíram 1,3%, para 521,8 mil unidades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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