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Nosso programa é vivo, em movimento, diz Marina Silva

Marina Silva afirmou que, em caso de vitória da sua candidatura em outubro, é muito provável que o programa de governo sofra ajustes até a sua posse


	Marina: ela disse que não é primeira vez que programa de governo foi alterado antes de eleições
 (REUTERS/Ricardo Moraes)

Marina: ela disse que não é primeira vez que programa de governo foi alterado antes de eleições (REUTERS/Ricardo Moraes)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2014 às 16h58.

São Paulo - A candidata a presidente pelo PSB, Marina Silva, não descartou novas mudanças no seu programa de governo porque, segundo ela, é característica das suas propostas estarem em constante construção.

Marina afirmou que desde que lançou o seu programa, na última sexta-feira, ela dizia que o programa estaria em constante "movimento".

"Só as pessoas com pensamento excessivamente cartesiano podem imaginar que um processo complexo como esse não tenha complementações a serem feitas", disse a candidata durante série de entrevistas do Grupo Estado.

Marina Silva afirmou que, em caso de vitória da sua candidatura em outubro, é muito provável que o programa de governo sofra ajustes até a sua posse, no dia 1º de janeiro de 2015.

"Se ganharmos, no período de transição novos ajustes precisarão ser feitos", disse. A candidata também tentou valorizar o seu programa de governo, mesmo com as polêmicas provocadas por alterações feitas depois da divulgação do documento.

"Pior que ter um programa em movimento são aqueles que não apresentaram nenhum programa", afirmou, em referência aos adversários Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), que ainda não divulgaram os seus.

Marina afirmou que não é a primeira vez que um programa de governo foi alterado antes das eleições.

Ela deu como exemplo Dilma Rousseff na eleição presidencial passada.

"Em 2010, a presidente Dilma rubricou folha por folha e depois recolheu o programa inteiro por causa de menções a imposto sobre grandes fortunas, incentivos a invasão de terras e aborto", disse.

Marina voltou a justificar as mudanças nos pontos referentes à pauta do movimento LBGT e em relação à energia nuclear como um erro de processo e que, ao comparar suas diretrizes com a dos outros candidatos, os direitos civis das minorias estão melhor assegurados no seu programa de governo.

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