MEC: Vélez deixa o cargo de ministro depois de grande um grande desgaste político (Amanda Perobelli/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de abril de 2019 às 13h47.
Última atualização em 8 de abril de 2019 às 14h30.
São Paulo — A demissão de Vélez Rodriguez do Ministério da Educação (MEC) e a indicação do economista Abraham Weintraub para ocupar o comando da pasta rapidamente repercutiram entre os parlamentares. Pelo Twitter, oposição e situação se pronunciaram sobre a troca anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Conheço Abraham Weintraub desde o período de transição. Grande homem, excepcional profissional e ser humano. Absolutamente alinhado com as idéias do governo @jairbolsonaro #BrasilAcimaDeTudo
— Joice Hasselmann🇮🇱 (@joicehasselmann) April 8, 2019
"Conheço Abraham Weintraub desde o período de transição. Grande homem, excepcional profissional e ser humano", escreveu a líder do governo no Congresso Joice Hasselmann (PSL-SP), que afirmou que Abraham está "absolutamente alinhado com as ideias do governo Jair Bolsonaro".
Desejamos boa sorte ao novo Ministro e à educação no Brasil. https://t.co/VTWAW4ab7D
— Bia Kicis (@Biakicis) April 8, 2019
Bia Kicis (PSL-DF) desejou "boa sorte ao novo ministro e à educação no Brasil". Paula Belmonte (PPS-DF), cujo partido se declara independente do governo e da oposição, desejou "sucesso ao novo ministro" e disse que "o futuro das nossas crianças é mais importante do que qualquer questão ideológica".
O comprometimento com o erro não pode ser tolerado. Se o então ministro Vélez foi escalado para entregar resultados e não os entregou, que seja substituído! Política pública não pode se comprometer com o erro: não deu certo, muda...
— Vinicius Poit (@ViniciusPoit) April 8, 2019
Já Vinicius Poit (Novo-SP), que se aproximou do governo por defender a reforma da Previdência, aproveitou a ocasião para criticar Vélez Rodriguez, dizendo que o ex-ministro "foi escalado para entregar resultados e não os entregou", argumentando que "política pública não pode se comprometer com o erro". "Não deu certo, muda...", escreveu o deputado.
A demissão de Véllez na Educação era dada como certa. Mas o ministério, um dos mais importantes e com mais dinheiro, passa a ser a joia da coroa no balcão de negócios aberto para aprovação do pacote anti-Previdência de Bolsonaro. Estaremos de olho. pic.twitter.com/15SnFlieGl
— Bohn Gass (@BohnGass) April 8, 2019
O deputado Bohn Gass (PT-RS) relembrou o histórico de polêmicas acumulado pelo ex-ministro durante os três meses em que liderou o MEC. "Bolsonaro botou no Ministério da Educação um sujeito que esculhambou o Enem, mandou gravar crianças nas escolas e ofendeu os brasileiros chamando-os de 'canibais' e 'ladrões'. Só hoje, depois de três meses de estragos - o MEC está um caos! - Vélez foi demitido", tuitou.
Velez é o segundo ministro a cair em três meses de governo. Sai um despreparado, entra outro. O currículo do novo ministro, Abraham Weintraub, não esconde a quem ele serve: o capital financeiro. Sigamos atentas com os rumos do MEC.
— Talíria Petrone (@taliriapetrone) April 8, 2019
Outros parlamentares escreveram que Vélez não deveria nem ter sido nomeado ministro. "Mais um ministro de Bolsonaro cai. Ricardo Vélez, da Educação, nunca nem deveria ter assumido", escreveu Talíria Petrone (PSOL-RJ), que criticou também a nomeação de Weintraub, que é economista e trabalhou no mercado financeiro, para ministro do MEC, dizendo que o governo está "entregando a Educação aos banqueiros".