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No STF, PGR reforça pedido de condenação de Gleisi e Paulo Bernardo

Nesta tarde, a Segunda Turma da Corte julga ação penal na qual a parlamentar é acusada de receber R$ 1 milhão para sua campanha ao Senado em 2010

Gleisi Hoffmann: senadora é acusada de envolvimento em esquema de corrupção na Petrobras (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Gleisi Hoffmann: senadora é acusada de envolvimento em esquema de corrupção na Petrobras (Antonio Cruz/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 19 de junho de 2018 às 15h30.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) reforçou hoje (19) no Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de condenação da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e seu marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Nesta tarde, a Segunda Turma da Corte julga ação penal na qual a senadora é acusada de receber R$ 1 milhão para sua campanha ao Senado em 2010. Segundo a acusação, o valor foi desviado no esquema de corrupção na Petrobras e negociado por intermédio de Paulo Bernardo e do empresário Ernesto Kluger Rodrigues, que também é réu.

Em sua sustentação no julgamento, o subprocurador da República Carlos Vilhena afirmou que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse, em um de seus depoimentos de delação premiada, que autorizou o repasse à campanha, por meio de outro delator, o doleiro Alberto Youssef. O objetivo era manter apoio do PT para continuar no cargo, segundo a procuradoria.

Vilhena citou que durante a investigação foi comprovado que foram entregues quatro parcelas para Bernardo e Kluger, para que os valores fossem repassados para campanha da senadora.

"Houve a prática de atos de ofício por parte de Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo, consumando o abuso de poder dos funcionários públicos. O que se tem nestes autos é uma flagrante e escancarada mercancia", afirmou.

Após a argumentação da procuradoria, as defesas dos acusados terão a palavra para rebater as acusações.

A Segunda Turma é composta pelos ministros Edson Fachin, relator da ação, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.

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