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No STF, Barroso defende busca contra líder do governo no Senado

Barroso disse que não tinha "outra opção" a não ser decretar a busca e apreensão contra o senador Fernando Bezerra (MDB-PE)

Barroso: Mesa Diretora do Senado contestou no Supremo a ação da Polícia Federal em desfavor de Fernando Bezerra (Rosinei Coutinho/SCO/STF/Divulgação)

Barroso: Mesa Diretora do Senado contestou no Supremo a ação da Polícia Federal em desfavor de Fernando Bezerra (Rosinei Coutinho/SCO/STF/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 8 de outubro de 2019 às 19h14.

Brasília — O ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu nesta terça-feira a legalidade da operação de busca e apreensão autorizada por ele e feita contra o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE).

A manifestação de Barroso é uma resposta a um recurso, movido pela Mesa Diretora do Senado, que contestou no Supremo a ação da Polícia Federal em desfavor do líder governista, que teve seu gabinete vasculhado por investigadores.

Na resposta a um pedido de esclarecimento feito pelo presidente do Supremo, Dias Toffoli, Barroso afirmou: "Sem antecipar qualquer juízo de valor sobre o mérito da investigação, é fato incontestável que a Polícia Federal reuniu uma impressionante quantidade de indícios de cometimento de crimes."

Barroso disse ainda que não tinha "outra opção" a não ser decretar a busca e apreensão tendo em vista o "exame criterioso e imparcial dos elementos produzidos" na investigação.

"Não seria republicano nem ético desviar do reto caminho por se tratar de figura poderosa. O direito e a justiça valem para todos", completou.

Mesmo diante da suspeita de que Bezerra tenha recebido 5,5 milhões de reais em propina, o presidente Jair Bolsonaro decidiu mantê-lo à frente da liderança do governo no Senado, no momento em que a Casa tenta aprovar a reforma da Previdência em sua votação final e aguarda a formalização da indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, para a embaixada do Brasil nos Estados Unidos.

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