A candidata à reeleição, Dilma Rousseff, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante comício (Ichiro Guerra/Dilma 13/FotosPúblicas)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2014 às 16h52.
A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, repetiu nesta terça-feira as críticas ao governo de São Paulo pela crise de falta de água no Estado, e afirmou, em discurso no semiárido nordestino, que o governo federal investiu para enfrentar a seca no Nordeste.
A crise da água em São Paulo foi levada à disputa presidencial entre Dilma e o candidato do PSDB, Aécio Neves, pela campanha da petista, que usou o tema em sua propaganda eleitoral para criticar o governo paulista comandando desde 1995 pelo PSDB.
"Nós fomos capazes aqui no semiárido de enfrentar a seca", disse Dilma em discurso a apoiadores em Petrolina, no sertão de Pernambuco, no primeiro de três eventos como candidata no Estado nesta terça.
"O Estado mais rico do Brasil, o Estado de São Paulo, não se preparou para a seca. Hoje, diante da maior seca, nós temos condições de viver aqui e de não ficar catando pingo d'água por aí", acrescentou.
Dilma disse que desde 2003 foram construídas um milhão de cisternas no semiárido.
Na terça-feira, Aécio respondeu às críticas sobre a crise de água em São Paulo afirmando que faltou parceira do governo federal, enquanto Dilma disse que seu governo fez tudo que o Estado pediu e acusou o governo paulista de falta de planejamento.
No discurso em Petrolina, Dilma reiterou também outros ataques aos governos tucanos, a quem acusou de governar para os ricos e sem se preocupar com a população mais pobre.
"O que não havia no Brasil era oportunidade, e os governos antes do Lula não davam oportunidade para ninguém. Agora, o governo garante oportunidade", afirmou, referindo-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes dele, Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, governou o Brasil por dois mandatos.
Ainda nesta terça-feira Dilma tem na agenda em Pernambuco um ato público em Goiana e uma caminhada em Recife, acompanhada de Lula.
A candidata à reeleição foi a Pernambuco em busca de votos no único Estado do Nordeste onde não venceu no primeiro turno, ficando atrás de Marina Silva (PSB), que assumiu a cabeça de chapa do partido depois da morte do ex-governador pernambucano Eduardo Campos.
Marina, que ficou em terceiro lugar na disputa presidencial, anunciou apoio no segundo turno a Aécio, assim como a viúva e a família de Campos.