Brasil

No Rio, oito municípios estão em estado de atenção

Oito municípios estão em estado de atenção por causa da chuva que atinge o estado do Rio de Janeiro desde o dia 24


	Duque de Caxias, no Rio de Janeiro: rio que corta Duque de Caxias e Belford Roxo, ambos na Baixada Fluminense, está com o nível de água acima da média
 (Wikimedia Commons)

Duque de Caxias, no Rio de Janeiro: rio que corta Duque de Caxias e Belford Roxo, ambos na Baixada Fluminense, está com o nível de água acima da média (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 18h55.

Rio de Janeiro – Oito municípios estão em estado de atenção por causa da chuva que atinge o estado desde o dia 24. O Rio Capivari, que corta os municípios de Duque de Caxias e Belford Roxo, ambos na Baixada Fluminense, está com o nível de água acima da média e, por isso, encontra-se em estágio de alerta, conforme informou o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

O estágio de alerta é o segundo mais preocupante em uma escala de quatro níveis do Inea, que monitora o nível dos rios. Quando o nível do rio fica acima do normal, ele entra em estágio de alerta de cheia. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, a previsão para hoje (26) é que chova em todas as regiões do Rio de Janeiro.

No início do ano, a forte chuva que atingiu Xerém, distrito de Duque de Caxias, inundou o Rio Capivari e centenas de pessoas estão desabrigadas. Em julho, a prefeitura do município entregou os imóveis, por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida, para as famílias atingidas.

Ontem (25), pela manhã, um homem identificado como Antonio Rocha do Nascimento, de 42 anos, foi encontrado morto após ter sido arrastado pela forte correnteza do Rio Botas, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.


A presidente do Inea, Marilene Ramos, informou que desde 2007 mais de 3.500 famílias já foram transferidas de áreas de risco de enchentes e deslizamentos para outras localidades do Rio de Janeiro. Ainda segundo a presidente, outras 3 mil famílias já foram cadastradas para sair dessas áreas, mas admitiu que não é um trabalho que “se faça da noite para o dia”.

De acordo com a presidente, desde 2007 o Inea trabalha com programas de dragagens de rios e retirada de famílias de áreas de risco. “Já investimos mais de 500 milhões na Baixada Fluminense para melhorar a qualidade dos rios, como dragagem e outras obras. Estamos investindo na Baixada, na região serrana. Outros projetos já foram elaborados e estamos buscando recurso. A demanda é muito grande e é impossível concluí-las nesse prazo”.

Marilene Ramos disse que apesar de não haver nenhum rio em estágio de alerta na região serrana, os prefeitos dos municípios estão preocupados por causa devido das frequentes ocorrências de enchentes e de deslizamentos de terra. Além das cidades de Friburgo, Teresópolis e Petrópolis, a presidente admitiu que São Gonçalo é outro município que preocupa.

Ela aconselhou aos moradores de regiões de risco que procurem casas de familiares ou algum local que a prefeitura tenha disponibilizado para se abrigar enquanto o risco de enchente permanecer. “Elas [as pessoas] devem ficar em contato com a Defesa Civil municipal e olhar o alerta de cheias do Inea para buscar um local seguro para se abrigar e levar com elas objetos de valor, principalmente documentos”.

O Inea informou, em nota, que os projetos Limpa Rio Baixada e Iguaçu são os principais instrumentos para a dragagem, limpeza e recuperação de rios na Baixada Fluminense. Desde 2007, o Projeto Iguaçu já dragou mais de 60 quilômetros de rios e retirou cerca de 6 milhões de metros cúbicos de lixo na Baixada. Além disso, promoveu a urbanização das margens e instalação de parques fluviais, melhorando a condição de controles de inundações.

Acompanhe tudo sobre:ChuvasEstado do RioMeio ambiente

Mais de Brasil

G20: Argentina quer impedir menção à proposta de taxação aos super-ricos em declaração final

Aliança Global contra a Fome tem adesão de 41 países, diz ministro de Desenvolvimento Social

Polícia argentina prende brasileiro condenado por atos antidemocráticos de 8 de janeiro

Homem-bomba gastou R$ 1,5 mil em fogos de artifício dias antes do atentado