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No G20, Bolsonaro defende uso da hidroxicloroquina contra coronavírus

Durante cúpula virtual do G20, Bolsonaro voltou a falar na defesa da saúde e dos empregos da população

Bolsonaro e Ernesto Araújo durante 
videoconferência dos líderes do G20. (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

Bolsonaro e Ernesto Araújo durante videoconferência dos líderes do G20. (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

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Reuters

Publicado em 26 de março de 2020 às 14h46.

Última atualização em 26 de março de 2020 às 14h57.

O presidente Jair Bolsonaro levou à cúpula virtual do G20, nesta quinta-feira, o mesmo discurso que tem defendido internamente no combate ao coronavírus, de defender a saúde das pessoas mas também os empregos, e levantou mais uma vez o uso da hidroxicloroquina como tratamento para Covid-19, mesmo sem pesquisas conclusivas.

"O presidente concentrou-se em falar da necessidade de proteger a saúde das pessoas e ao mesmo tempo proteger os empregos, pensando prioritariamente nas pessoas mais vulneráveis. Falou do avanço das pesquisas, no Brasil, nos Estados Unidos e em outros lugares, sobre o tratamento com hidroxicloroquina", disse à Reuters uma fonte diplomática.

Em fotos distribuídas pelo Palácio do Planalto, Bolsonaro aparece com uma das versões do medicamento usado contra malária, produzido por um laboratório brasileiro, na mesa a sua frente. Em outra, enquanto está falando, segura a caixa do medicamento.

Bolsonaro tem sido criticado por falar constantemente no uso da hidroxicloroquina para tratar o coronavírus, apesar da falta de resultados conclusivos. Depois da fala do presidente norte-americano, Donald Trump, dizendo que algumas pesquisas na área eram promissoras, Bolsonaro repetiu a informação, o que ajudou a promover uma corrida às farmácias atrás dos medicamentos.

Na quarta-feira, o Ministério da Saúde decidiu abrir um estudo nacional e anunciou que vai adotar a cloroquina no tratamento de casos graves de infecção pelo novo coronavírus, mas ressaltou que o medicamento não deve ser usado fora de ambientes hospitalares.

O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, disse que a intenção é deixar o medicamento à disposição dos médicos para o caso de decidirem usar em pacientes graves, com determinadas condições, que possam responder ao medicamento.

De acordo com a fonte diplomática, a reunião do G20 concentrou-se em encontrar meios de cooperação e de como os países devem agir para enfrentar a epidemia, mas também deixar os fluxos de comércio abertos e manter as cadeias de suprimento.

Em comunicado conjunto após o encontro, o G20 disse que fará "o que for preciso" para superar a crise do coronavírus e que vai injetar 5 trilhões de dólares na economia global através de medidas nacionais como parte de seus esforços para diminuir o impacto da doença.

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