Aécio Neves durante caminhada em Niterói (Orlando Brito/Coligação Muda Brasil)
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2014 às 18h55.
São Paulo - Em conversa com internautas pelo Facebook nesta terça-feira, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, voltou a repetir que não acabará com o Bolsa Família se for eleito, e prometeu ainda a manutenção de outros programas sociais do governo federal.
O tucano foi questionado diversas vezes, principalmente por internautas que se declaravam do Nordeste, sobre a manutenção do Bolsa Família. Ele também aproveitou a conversa, que durou cerca de uma hora, para agradecer mensagens de apoio de eleitores que declararam voto nele.
"Eu tenho um projeto que transforma o Bolsa Família em política de Estado, exatamente para que ele continue, em qualquer governo. No meu governo, ele continua", escreveu o tucano em uma das respostas.
"A nossa preocupação é com a superação da pobreza e não apenas com a sua administração, por isso vamos classificar as famílias que estão no Bolsa Família em cinco níveis de carência (das mais graves, às menos graves) e nenhuma família, no nosso governo, ficará mais de um ano na mesma faixa", disse o tucano em uma outra resposta.
Aécio prometeu ainda a manutenção de outros programas existentes no governo da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, como o Mais Médicos e o Ciência Sem Fronteira, que dá bolsas de estudos para estudantes brasileiros em universidades do exterior.
Diante de perguntas sobre suas propostas para o Nordeste, o tucano falou de seu programa para a região, o "Nordeste Forte", que inclui metas como a renda per capita familiar de 1,25 dólar por dia para todas as famílias da região em quatro anos.
Ele reiterou ainda outros compromissos, como com a simplificação do sistema tributário, com a correção da tabela do Imposto de Renda pela inflação e com a redução do número de ministérios, atualmente em 39, pela metade.
Sobre as denúncias de corrupção na Petrobras, Aécio classificou novamente como uma "vergonha" o que tem acontecido na estatal.
"Nós vamos retirá-la (Petrobras) da política, para que ela possa servir aos brasileiros. E continuaremos cobrando que as investigações avancem e os responsáveis por esses desvios sejam exemplarmente punidos", declarou.
Indagado ainda sobre um comentário feito no início do ano de que estava preparado para adotar "medidas impopulares" se eleito, o tucano argumentou que tais medidas já haviam sido tomadas pelo atual governo.
"Inflação estourando a meta, crescimento muito baixo e denúncias de corrupção que não terminam. O nosso governo terá uma política fiscal transparente, resgate das agências reguladoras, previsibilidade na política macroeconômica e, sobretudo, ética na gestão dos recursos públicos", prometeu.