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No Congresso, Bolsonaro discursa contra ‘regulação da mídia’

Presidente afirmou que a liberdade não pode ser violada e acrescentou que jamais anulará a reforma trabalhista

Presidente Jair Bolsonaro
 (Adriano Machado/Reuters)

Presidente Jair Bolsonaro (Adriano Machado/Reuters)

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Alessandra Azevedo

Publicado em 2 de fevereiro de 2022 às 17h22.

Um dia após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter defendido a regulação da mídia eletrônica no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro fez discurso, nesta quarta-feira, 2, contrário à proposta do petista. Durante a cerimônia de reabertura dos trabalhos do Legislativo, Bolsonaro afirmou que a liberdade “não pode ser violada por quem quer que seja”. 

“Os senhores nunca me verão vir aqui neste Parlamento pedir para regulação da mídia e da internet”, disse o presidente. “Eu espero que isso não seja regulamentado por qualquer outro poder. A nossa liberdade acima de tudo”, acrescentou.

Bolsonaro continuou o discurso, dizendo que não há argumento possível para a regulação da mídia. “Não deixemos que qualquer um de nós, quem quer que seja que esteja no Planalto, ouse regular a mídia. Não interessa com qual intenção, com qual objetivo. A nossa liberdade não pode ser violada por quem quer que seja nesse país”, disse.

Na terça-feira, 1º, Lula afirmou, em entrevista à rádio Tupi do Rio de Janeiro, que é preciso fazer uma regulamentação da mídia, “atualizá-la aos tempos atuais”. O ex-presidente ressaltou que qualquer avanço nesse sentido é atribuição do Congresso e precisa partir da sociedade brasileira. 

No discurso no Congresso, Bolsonaro também disse que nunca tentará anular a reforma trabalhista. A revogação de parte das mudanças feitas nas leis trabalhistas no governo de Michel Temer é outra bandeira levantada por Lula. “Os direitos trabalhistas continuam intactos no artigo 7º da Constituição. Sempre respeitamos a harmonia e a independência dos poderes”, disse o presidente.

 

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