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No ano passado, 31 milhões subiram de classe social

Segundo estudo do instituto Ipsos Public Affairs, estrutura socioeconômica brasileira passou de pirâmide para losango

Fila no banco: só em 2010, 19 milhões aumentaram renda e foram para a classe C (Claudio Rossi/VEJA)

Fila no banco: só em 2010, 19 milhões aumentaram renda e foram para a classe C (Claudio Rossi/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2011 às 09h49.

São Paulo - A distribuição dos brasileiros por classes socioeconômicas mudou nos últimos cinco anos. Deixou de ter o formato de pirâmide, típico de países pobres, com grande contingente de baixa renda, e passou a ser um losango, figura geométrica que se aproxima de uma distribuição socioeconômica mais equilibrada entre os estratos sociais e frequente em países desenvolvidos.

Essa é a principal constatação da sexta edição da pesquisa "O Observador Brasil 2011", espécie de radiografia do mercado de consumo, executada pelo instituto Ipsos Public Affairs, a pedido da Cetelem BGN, do grupo financeiro francês BNP Paribas. A mudança de formato da distribuição das classes socioeconômicas entre 2005 e 2010 ocorreu em razão do ganho de renda que levou a uma grande mobilidade social. Apenas em 2010, quase 31 milhões de brasileiros ascenderam socialmente. Desse total, cerca de 19 milhões saíram das classes D/E e engrossaram a grande classe média, a classe C. Perto de 12 milhões de pessoas pularam da classe C para as classes de maior poder aquisitivo A/B.

"Eu não me surpreenderia se no ano que vem houvesse um empate entre as classes D/E e A/B em número de brasileiros", afirma o presidente da Cetelem BGN, Marcos Etchegoyen. De acordo com a pesquisa, a classe C já representava no ano passado mais da metade (53%) da população brasileira de 191,7 milhões de pessoas. Em 2009, a fatia da classe C era de 49% e em 2005, de 34%.

Já as classes D/E responderam em 2010 por 25% da população, ante 35% no ano anterior e 51% em 2005. No sentido oposto, a participação das classes A/B está aumentando. Cinco anos atrás, elas representavam 15% da população. Esse índice subiu para 16% em 2009 e atingiu 21% no ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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