Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari: em meio à crise hídrica do Cantareira, a Prefeitura e governo trocaram acusações nesta quarta (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2014 às 12h05.
São Paulo - Após apresentar uma pequena recuperação na quarta-feira, 16, o nível dos reservatórios do sistema Cantareira voltou a cair nesta quinta, 17.
Segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o volume de água armazenado nas reservas recuou de 12,3% para 12,2%. Na mesma data do ano passado, o índice do Cantareira era de 63,9%.
Ainda de acordo com dados da concessionária, não há previsão de chuvas para a região do sistema (na divisa entre os Estados de São Paulo e de Minas Gerais) ao longo do dia. A pluviometria acumulada em abril chegou a 83,6 mm, o equivalente a 96,3% da média prevista para todo o mês.
Em meio à crise hídrica do Cantareira, a Prefeitura de São Paulo, sob gestão de Fernando Haddad (PT), e a Sabesp, cujo acionista majoritário é o governo estadual de São Paulo chefiado por Geraldo Alckmin (PSDB), trocaram acusações nesta quarta.
O desentendimento aconteceu após o jornal O Estado de S.Paulo revelar um ofício do município onde a Sabesp relata que diminui em 75% a pressão da água fornecida na cidade entre meia-noite e 5 horas. Segundo especialistas, a prática já seria uma forma de racionamento.
O secretário municipal de Governo, Chico Macena (PT), acusou a concessionária de falta de "transparência", enquanto o secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, rebateu dizendo ser "mentira" do petista a ocorrência de rodízio.
Tanto o governo paulista quanto a Sabesp negam a prática de rodízio ou de racionamento na Grande São Paulo.