Sistema de captação de água do Cantareira na represa de Jaguari: em março, o volume de chuvas aumentou, mas ainda é insuficiente para garantir uma recuperação do sistema (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2014 às 13h43.
São Paulo - O volume de água armazenado no Sistema Cantareira permanece em queda. Nesta sexta-feira, 21, o nível dos reservatórios recuou 0,1 ponto porcentual, para 14,5%, novo recorde negativo de capacidade, segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Há exatamente um ano, o sistema, responsável pelo abastecimento de água de 47% da Grande São Paulo, contava com 60,4% das suas reservas.
Na última quarta-feira, o governador Geraldo Alckmin classificou a atual crise hídrica do Cantareira como "algo excepcional", resultado de ciclos climáticos "totalmente irregulares".
A região do manancial, na divisa entre os Estados de São Paulo e Minas Gerais, enfrentou o verão mais seco dos últimos anos. Em janeiro e fevereiro, por exemplo, choveu apenas 33,8% e 36,0% da média histórica mensal, respectivamente.
Em março, o volume de chuvas aumentou, mas ainda é insuficiente para garantir uma recuperação do sistema. Até hoje, as chuvas acumuladas do mês correspondem a 65% do previsto.
Ainda segundo Alckmin, apesar dos crítico índice do Cantareira, outros sistemas "estão na faixa dos 90%". "Isso mostra como esses ciclos (climáticos) estão irregulares", afirmou. Entretanto, nesta sexta-feira, o Rio Grande é o único sistema da Grande São Paulo com capacidade superior aos 90% (91,7%).
Os sistemas Alto Tietê e Guarapiranga, acionados para atender parte da região antes abastecida pelo Cantareira, contam com 37,2% e 75,9% dos reservatórios, respectivamente.