São Paulo - Pelo segundo dia consecutivo, todos os principais reservatórios que atendem a capital e Grande São Paulo sofreram queda no volume armazenado de água, segundo aponta relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Nenhum milímetro de chuva foi registrado nas regiões de todos os mananciais nas últimas 24 horas.
O principal deles, o Sistema Cantareira, responsável por abastecer 6,5 milhões de pessoas, perdeu 0,1 ponto porcentual da sua capacidade, que caiu de 8,5% para 8,4% nesta quarta-feira, 3, já considerando os 105 bilhões de litros da segunda cota do volume morto.
O reservatório chegou ao 19º dia seguido de perda de água. Nos primeiros dias de dezembro, choveu apenas 1,4 milímetro sobre o Cantareira, que representa apenas 0,6% da média histórica do mês, de 220,9 milímetros.
O nível do Sistema Guarapiranga, que atende 4,9 milhões de habitantes, desceu 0,4 ponto porcentual. Hoje, o reservatório opera com 32,7% da sua capacidade, ante 33,1% no dia anterior.
Já o Alto Tietê voltou a cair 0,1 ponto pelo quarto dia seguido e está com 5,4% do volume total de água.
Em termos proporcionais, o Sistema Rio Claro foi quem perdeu mais água. O volume armazenado desceu 0,7 ponto porcentual, caindo de 31,% para 30,4%. Já os sistemas Alto Cotia e Rio Grande perderam 0,2 ponto da sua capacidade, cada.
Enquanto o primeiro passou de 29,6% para 29,4%, o segundo caiu de 63,2 % para 63%. Juntos, os três mananciais atendem 3,1 milhões de pessoas.
-
1. Desperdício
zoom_out_map
1/23 (Pedro França/Agência Senado)
São Paulo - De toda água tratada em 23% das grandes cidades do Brasil, mais da metade é perdida antes de chegar às torneiras das residências ou empresas. É o que mostra levantamento feito com base no Ranking do Saneamento, feito pela ONG Trata Brasil com base em números de 2012 divulgados pelo Ministério das Cidades. Em São Paulo, que vive a pior crise hídrica de sua história, 36% da água tratada se perde pelo caminho. “Dentro desse número, você tem vazamentos, que é a maior parte, ligações clandestinas e roubo de água”, afirma Edson Carlos, presidente da instituição. Porto Velho (RO) lidera em índice de perdas. Por lá, 70% da água tratada não chega até o consumidor. “Índices acima de 50% sinalizam uma rede totalmente fora de controle. É um descaso total”, afirma o especialista. Além da falta de água para a população, esta postura de má gestão influencia também o faturamento das empresas responsáveis pelo tratamento de água e esgoto. A Trata Brasil estima que a redução em 10% do volume de água perdido todos os anos renderia mais de 1,3 bilhão de reais para as 100 maiores cidades do Brasil. A solução, segundo o especialista, vai desde o mapeamento de possíveis vazamentos no sistema de abastecimento até medidas simples como controle da vazão.
-
2. Porto Velho (RO) - 70,68% de perdas
zoom_out_map
2/23 (Filipux/Wikimedia)
-
3. Macapá (AP) - 69,44% de perdas
zoom_out_map
3/23 (Jorge Junior/ Secom Amapá)
-
4. Cuiabá (MT) - 67,44% de perdas
zoom_out_map
4/23 (Wikimedia Commons)
-
5. Maceió (AL) - 64,29% de perdas
zoom_out_map
5/23 (Divulgação / Christian Knepper)
-
6. Jaboatão dos Guararapes (PE) - 62,97% de perdas
zoom_out_map
6/23 (Wikimedia Commons)
-
7. Rio Branco (AC) - 62,47% de perdas
zoom_out_map
7/23 (Embratur)
-
8. Varzea Grande (MT) - 62,13% de perdas
zoom_out_map
8/23 (Matheus Hidalgo/Wikimedia Commons)
-
9. Mossoró (RN) - 59,93% de perdas
zoom_out_map
9/23 (Wikimedia Commons)
-
10. Recife (PE) - 59,85% de perdas
zoom_out_map
10/23 (REUTERS/Dominic Ebenbichle)
-
11. Aracaju (SE) - 57,58% de perdas
zoom_out_map
11/23 (Divulgação / André Moreira)
-
12. Natal (RN) - 57,16% de perdas
zoom_out_map
12/23 (Divulgação/Embratur)
-
13. Boa Vista (RR) - 54,99% de perdas
zoom_out_map
13/23 (Embratur/Fotos Públicas)
-
14. Teresina (PI) - 54,76% de perdas
zoom_out_map
14/23 (Embratur/Fotos Públicas)
-
15. Canoas (RS) - 54,38% de perdas
zoom_out_map
15/23 (Divulgação)
-
16. Paulista (PE) - 54.04%
zoom_out_map
16/23 (Wagner de Lima/ Wikimedia Commons)
-
17. Ananindeua (PA) - 53,02% de perdas
zoom_out_map
17/23 (Hallel/Wikimedia Commons)
-
18. Cariacica (ES) - 52,99% de perdas
zoom_out_map
18/23 (Lucas Calazans/ Divulgação/Perfil do Facebook de Cariacica)
-
19. São Vicente (SP) - 52,39% de perdas
zoom_out_map
19/23 (Fabio Luiz/Wikimedia Commons)
-
20. Bauru (SP) - 52,51% de perdas
zoom_out_map
20/23 (Wikimedia Commons)
-
21. Caruaru (PE) - 51,50% de perdas
zoom_out_map
21/23 (Leo Caldas/EXAME.com)
-
22. Olinda (PE) - 50,97% de perdas
zoom_out_map
22/23 (Jan Ribeiro/Pref.Olinda)
-
23. Salvador (BA) - 50,37% de perdas
zoom_out_map
23/23 (Camila Souza/GOVBA)