O ministro dos Negócios Estrangeiros (o equivalente ao de Relações Exteriores) da Nigéria, Olugbenga Ayodeji Ashiru: ele ressaltou que os dois países são “parceiros estratégicos” e costumam apoiar os pleitos mútuos. (GettyImages)
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2013 às 10h54.
Brasília – No esforço para ampliar as discussões sobre o Conselho de Segurança das Nações Unidas e ocupar um assento permanente no órgão, o Brasil obteve hoje (15) o apoio da Nigéria nas negociações. O ministro dos Negócios Estrangeiros (o equivalente ao de Relações Exteriores) da Nigéria, Olugbenga Ayodeji Ashiru, ressaltou que os dois países são “parceiros estratégicos” e costumam apoiar os pleitos mútuos. O Brasil defende o direito de a Nigéria ocupar um assento provisório no Conselho de Segurança no período de 2014-2016.
Ayodeji Ashiru se reuniu hoje com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, no Palácio Itamaraty. Dos 15 países do Conselho de Segurança, cinco são membros permanentes – Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China. Dez são membros rotativos – ficam dois anos no órgão e depois são substituídos.
A defesa por uma reforma do órgão faz parte da política externa brasileira. Nos seus discursos, a presidenta Dilma Rousseff e Patriota argumentam que o formato atual do conselho não reflete o mundo contemporâneo nem as forças políticas.
A reforma do órgão esbarra em questões de políticas regionais, por isso a dificuldade de negociar um acordo em busca de consenso. Nas Américas, por exemplo, existiria apenas mais uma vaga. A disputa envolve o Brasil, a Argentina e o México, que querem garantir espaço como membro titular do órgão.
Os chanceleres definiram também que devem ser intensificadas as parcerias nas áreas de agricultura, energia, infraestrutura, comércio e investimentos. Patriota disse que há o interesse de estimular o comércio com a Nigéria - a segunda maior economia do Continente Africano.
O comércio entre o Brasil e a Nigéria cresceu nos últimos dez anos, aumentando de US$ 1,6 bilhão para US$ 9,1 bilhões. A Nigéria representa cerca de 35% do comércio do Brasil com o Continente Africano.