O candidato ao governo do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de outubro de 2018 às 11h45.
Última atualização em 30 de outubro de 2018 às 18h31.
São Paulo - Em entrevista à rádio Gaúcha, em Porto Alegre, na manhã deste domingo, o atual governador do Rio Grande do Sul e candidato à reeleição pelo MDB, José Ivo Sartori, criticou a conduta do adversário Eduardo Leite (PSDB) no segundo turno da campanha eleitoral.
"No segundo turno a diferença entre nós foi muito elevada. Não é a conduta de alguém que tem o mesmo pensamento. Até porque eu nunca me vitimizei. Nem nos piores momentos do Estado, eu procurei a vitimização", disse o governador em referência à postura do adversário que teve montagem de fotos pessoais espalhada pelas redes sociais.
Questionado sobre a possibilidade de convergência entre a sua coligação e a do adversário, em caso de vitória de Eduardo Leite, desconversou se irá colaborar com o próximo governo.
"É preciso deixar passar o momento eleitoral. As condições serão ditadas na transição", afirmou Sartori. Ao mencionar os conflitos históricos entre oposição e governo no Estado gaúcho e o acirramento entre as duas campanhas na reta final, Sartori desconsiderou uma divergência programática entre os partidos.
"Temos que construir a possibilidade de todos governarem juntos. Num futuro não muito distante, se não tivermos a união de toda a sociedade, as questões cruciais e mais importantes do Estado não vão se resolver", completou.
Em uma avaliação de seu mandato, Sartori considerou que teve coragem para tomar as medidas necessárias para o Estado, embora muitas vezes elas fossem "amargas". "Gostaria de ter aprovado e reinstalado o regime de recuperação fiscal. Nossa preocupação é com o equilíbrio financeiro do Rio Grande do Sul", destacou.
Sobre o apoio ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), Sartori disse acreditar que ele é capaz de transportar a mudança na economia e no País. "É uma inconformidade geral e uma demonstração de que a população brasileira quer uma mudança", avaliou.
Em clima descontraído, o governador ainda contou piadas sobre sua origem italiana e se disse tranquilo e sereno quanto à "missão" de disputar a reeleição. Caso não seja reeleito, o governador afirmou que, no primeiro momento, irá cuidar da sua saúde. "Mas acredito que vamos sair desse pleito vencedores, para continuar o projeto que lideramos desde 2015", concluiu.