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Nas redes sociais, candidatos apostam em "virada"

Terceiro colocado, Ciro Gomes (PDT) aposta na força de sua militância online para fazer sua candidatura viralizar antes da votação

Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência da República (Agência Brasil/Agência Brasil)

Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência da República (Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de outubro de 2018 às 07h55.

Última atualização em 6 de outubro de 2018 às 07h57.

São Paulo - Com o fim das campanhas na TV e rádio, as redes sociais se transformaram no principal canal para os presidenciáveis apostarem suas últimas fichas antes da votação do primeiro turno, no domingo, 7. Com a possível polarização entre o candidato do PT, Fernando Haddad, e do PSL, Jair Bolsonaro, adversários que sonham com vaga no 2.º turno adotam estratégias diferentes para mostrar que ainda podem chegar lá.

De acordo com o cientista político Kleber Carrilho, da Universidade Metodista de São Paulo, a movimentação dos candidatos pode mudar o cenário eleitoral. "Foi uma campanha muito mais online do que pensávamos que seria. Então, por mais que as pesquisas falem em voto convicto, as redes podem mudar isso e criar movimentos bruscos no final."

Terceiro colocado nas pesquisas, Ciro Gomes (PDT) aposta na força de sua militância online para fazer sua candidatura viralizar antes da votação. No dia do último debate da TV, quinta, emplacou a hashtag #TsunamiCiro, em referência a algo maior que as "ondas" de apoio a outros candidatos.

Geraldo Alckmin (PSDB), também de olho no 2.º turno, opta pelo discurso de que Haddad e Bolsonaro representam candidaturas "radicais". "As grandes viradas acontecem no final", escreveu Alckmin, na noite de quinta-feira, 4.

"É possível que as redes causem certa instabilidade no que hoje temos como o cenário para o 2.º turno", diz Carrilho. "Há, por exemplo, a possibilidade de que eleitores do Haddad passem a ver Ciro como uma possibilidade de derrotar Bolsonaro. Ou que eleitores de outros candidatos migrem para Bolsonaro por uma vitória no primeiro turno", afirmou o cientista político.

Fake news

Bolsonaro e Haddad engrossaram o discurso contra supostas informações falsas a respeito de suas respectivas candidaturas. O mote já vinha sendo explorado pela campanha do PSL e vem sendo usado para Bolsonaro se defender de críticas dos que não o apoiam. "Bolsonaro é machista ou homofóbico?", pergunta o candidato em publicação.

Já Haddad publica imagens de sua agenda de campanha e promete atuar nas redes contra a disseminação de informações falsas sobre sua candidatura. "Nossa construção tem princípios muito sólidos que tem sido atacados, sobre tudo pelo Bolsonaro", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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