Augusto Nardes: para presidente do TCU, penas aplicadas [bloqueio de bens] são "educativas" (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 11 de setembro de 2014 às 16h32.
São Paulo - O presidente do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, admitiu nesta quinta-feira que os depoimentos em delação premiada que o ex-diretor Paulo Roberto Costa faz à Polícia Federal podem interferir no processo administrativo do TCU sobre a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras.
"Claro que o fato da delação poderá ter repercussão no processo. Se tiver alguma coisa a ver com o processo."
Ele afirmou ainda que não pode precisar uma data para que o julgamento sobre a refinaria volte à pauta do tribunal.
Depois do pedido de vista do ministro Aroldo Cedraz de Oliveira, cabe a ele, que é vice-presidente da casa, a decisão.
O processo já bloqueou bens de diretores da estatal e foi cogitado inclusive o bloqueio da presidente Graça Foster, que não foi decretado.
Para Nardes, as penas aplicadas são "educativas", uma vez que não é possível reverter os prejuízos da negociação.
Segundo ele, a decisão da diretoria causou um impacto aos cofres da empresa de US$ 700 milhões, quase R$ 1,6 bilhão.
"(O bloqueio) É uma punição mais educativa, não tem como recuperar isso pelo erro na negociação de Pasadena, mas cabe a nós fazer o controle."