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"Não vendo ilusões: inflação em 3% é possível", diz Campos

Inaugurando as sabatinas do período eleitoral, o candidato do PSB à Presidência não poupou críticas ao governo de Dilma Rousseff

O candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos (Divulgação/Site oficial Eduardo Campos)

O candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos (Divulgação/Site oficial Eduardo Campos)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2014 às 14h28.

São Paulo – O candidato à Presidência, Eduardo Campos (PSB), afirmou nesta terça-feira que sua proposta de 3% para a inflação no Brasil é completamente viável. Atualmente, a taxa é de 6,5% ao ano e está entre os principais motivos de crítica ao governo de Dilma Rousseff.

“A solução é deixar as contas transparentes e pensar em uma política de longo prazo. Nós temos sim como tirar o país desse atoleiro. Não sou vendedor de ilusão”, afirmou.

Durante sabatina realizada pelo jornal Folha de S. Paulo, o candidato também voltou a criticar abertamente a presidente Dilma Rousseff.

“Ela é a única presidente, em todo o ciclo democrático, que vai entregar o país pior do que encontrou. O Brasil torceu muito para que o governo dela desse certo, mas ela jogou fora essa oportunidade. Não teve capacidade política para perceber seu papel histórico”, disse Campos.

Com o apoio da ex-senadora Marina Silva, que concorre como vice em sua chapa, Campos pretende ser uma “terceira via” para os eleitores que estão insatisfeitos com o tradicional duelo entre PT e PSDB.

No entanto, ao ser questionado sobre seu apoio a candidatos de ambos os partidos nas eleições estaduais, Campos afirma que a maior mudança deve acontecer na esfera federal, pois “Brasília é responsável por alimentar” o modelo de governança corrupto ou ultrapassado que existe em alguns estados.

“Nós buscamos um conjunto político que ofereça a renovação. Mas o novo não surge do nada, ele surge a partir da melhora do que já existe”, alegou.

"O Brasil não aguenta mais esse discurso do PT de que o PSDB não fez nada. E o discurso do PSDB que no PT só tem corrupto e que também não faz nada. Ambos estão errados. Isso é um dever de coerência: admitir os avanços que foram feitos e corrigir os erros”.

Desconhecido

O ex-governador de Pernambuco admite que ainda é desconhecido por muitos eleitores. Com 9% das intenções de votos nacionais e 11% no Nordeste, de acordo com a mais recente pesquisa eleitoral, ele acredita que o número aumentará ao decorrer da campanha.

“A campanha não começou ainda. Essa é a primeira sabatina. Até no Pernambuco tem gente ainda que não sabe que eu sou candidato, pois não acompanha tão de perto a política. A realidade no Nordeste em agosto será completamente diferente”, acredita.

“Eu também não posso tolerar essa campanha terrorista que diz que eu e o Aécio pretendemos acabar com o Bolsa Família. Isso é nefasto”.

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