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Não vejo viagem de Bolsonaro à Rússia como problema, diz Mourão

Em meio às tensões entre Rússia e Ucrânia, Bolsonaro foi pressionado por ministros da política do governo e por diplomatas americanos a desistir de viajar a Moscou

Mourão: o vice-presidente afirmou não acreditar que as divergências entre Moscou e Kiev terminem em conflito armado, mas que serão resolvidas dentro do campo diplomático (Alan Santos/PR/Reuters)

Mourão: o vice-presidente afirmou não acreditar que as divergências entre Moscou e Kiev terminem em conflito armado, mas que serão resolvidas dentro do campo diplomático (Alan Santos/PR/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de fevereiro de 2022 às 12h56.

Última atualização em 9 de fevereiro de 2022 às 13h04.

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) descartou nesta quarta-feira, 9, que a viagem do presidente Jair Bolsonaro à Rússia possa trazer problemas diplomáticos para o Brasil. Em meio às tensões entre Rússia e Ucrânia, que têm o potencial de desembocar em uma guerra, o chefe do Executivo foi pressionado por ministros da política do governo e por diplomatas americanos a desistir de viajar a Moscou, mas não foi convencido.

"Não vejo que haja prejuízo ir ou não ir [à Rússia]. Brasil não está indo lá dar apoio a intervenção, mas para intensificar relações. É momento de aumentar relações econômicas e comerciais", declarou Mourão à CNN Brasil. “É hora de a gente aprofundar esse relacionamento, também na cooperação científica e tecnológica”, acrescentou o vice-presidente, após citar a balança comercial deficitária do Brasil com a Rússia.

Mourão afirmou não acreditar que as divergências entre Moscou e Kiev terminem em conflito armado, mas que serão resolvidas dentro do campo diplomático.

Bolsonaro embarca para a Rússia no próximo dia 14 e deve se encontrar com o presidente do país, Vladimir Putin, no dia 16. Depois, seguirá para Budapeste para agenda com o primeiro-ministro da Hungria Viktor Orbán, considerado um líder nacionalista de extrema-direita.

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